‘Homem-rato’ é visto se debatendo em tanque de água durante protesto contra testes em animais da Universidade de Bristol

‘Homem-rato’ é visto se debatendo em tanque de água durante protesto contra testes em animais da Universidade de Bristol
A PETA, grupo de defesa dos direitos dos animais, realiza uma demonstração contra testes com animais na Universidade de Bristol / Crédito: Bristol Live

Um “homem-rato” gigante se debateu em um tanque de água por uma instituição de caridade dos direitos dos animais como parte de uma campanha contra testes em ratos e camundongos na Universidade de Bristol.

VÍDEO: A PETA instalou um “homem-rato se debatendo em um tanque” no Queen Square para protestar contra experimentos feitos pela Universidade de Bristol

O protesto em Queen Square foi parte de uma campanha da PETA para pedir que a universidade rejeitasse o “cruel experimento” dos testes de natação, e adotasse “pesquisas superiores, que não utilizam animais”.

Nos testes, camundongos e ratos são colocados em recipientes de água fundos demais para ficarem de pé e dos quais não têm permissão de sair, forçando-os a tentar nadar para sobreviver.

Em um comunicado, a Universidade de Bristol disse que está comprometida com uma “cultura de cuidado em que os animais são tratados com compaixão e respeito”.

Nos testes, camundongos e ratos costumam entrar em pânico, sendo utilizados como parte de experimentos sobre níveis de estresse.

A PETA vem pressionando a Universidade de Bristol há meses sobre os experimentos de natação forçada, mas a universidade os defende consistentemente.

No ano passado, Will Poulter, ator de The Maze Runner e ex-aluno da Universidade de Bristol, escreveu uma carta à universidade como parte da campanha da PETA. A estratégia já foi bem-sucedida em outras instituições de ciências, incluindo a King’s College de Londres, que concordou em encerrar os testes.

O teste foi fortemente criticado por especialistas que argumentam que flutuar não é um sinal de desespero, como alguns afirmam, mas um indicador positivo de aprendizado, economia de energia e adaptação a um novo ambiente.

A gerente sênior de campanhas da PETA, Kate Werner, disse: “Quase afogar ratos não nos ensina nada sobre a depressão humana”.

“A PETA está instando a Universidade de Bristol a banir o teste de natação forçada e preferir métodos avançados de pesquisa que não utilizem animais e que podem realmente ajudar pacientes humanos.”

Um porta-voz da Universidade de Bristol afirmou: “Como uma universidade de pesquisa, estamos comprometidos com uma cultura de cuidado onde os animais são tratados com compaixão e respeito.

“Estamos conversando regularmente com o National Centre for the Replacement, Refinement and Reduction and Animals in Research (NC3Rs, ou Centro nacional de substituição, refinamento e redução e animais nas pesquisas, em tradução livre) e o Ministério do Interior, bem como sociedades científicas e colegas acadêmicos, para que possamos nos manter atualizados com as últimas reflexões sobre todos aspectos de pesquisas realizadas com animais”.

“Reconhecemos que algumas pessoas se preocupam com o uso de animais em pesquisas, mas também reconhecemos que pesquisas envolvendo animais são vitais para avanços no conhecimento médico, veterinário e científico a fim de melhorar nossa compreensão de saúde, doenças e vida — tanto dos animais, como humanos.”

Por Liam Buckler / Tradução de Alda Lima

Fonte: Bristol Post

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