Justiça determina devolução de arma a assessor parlamentar que atirou em cachorro em Campos do Jordão, SP

Justiça determina devolução de arma a assessor parlamentar que atirou em cachorro em Campos do Jordão, SP
Cachorro ferido após ser atingido por disparo — Foto: Arquivo Pessoal

A Justiça determinou a devolução da arma do assessor parlamentar da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodolfo Laterça, investigado por atirar em um cachorro em Campos do Jordão. A arma havia sido apreendida em fevereiro, depois de o homem ter negado o envolvimento no caso. Após a apreensão, ele confessou ter feito o disparo em legítima defesa contra o animal da raça Golden Retriever de sua propriedade. O caso ainda está em aberto na Polícia Civil.

A decisão é da última semana e a entrega para Laterça está marcada para esta terça-feira (23) em Campos do Jordão. A pistola havia sido apreendida para perícia em uma ação de busca e apreensão. O pedido para que a arma fosse liberada foi feita pela defesa do assessor.

À época do crime, a polícia chegou a ir ao imóvel, mas Laterça havia negado o envolvimento e por isso foi feito um pedido de mandado à polícia. Ele tem uma arma porque é Inspetor de Segurança do Sistema Penitenciário no Rio de Janeiro, mas está emprestado ao legislativo.

Segundo a apuração da polícia, o assessor confessou ter disparado contra o animal em depoimento. O caso ainda está em aberto para a polícia e é investigado como crime contra os animais.

Cachorro ferido após ser atingido por disparo. — Foto: Arquivo Pessoal

O caso
 
Segundo a polícia, o crime aconteceu no dia 21 de fevereiro, quando Laterça estava com a família em uma propriedade no bairro Alto da Boa Vista. O imóvel fica ao lado de uma pousada, dona do animal. No boletim de ocorrência consta que os donos do comércio ouviram um estrondo, foram em busca do cachorro e o encontraram ensanguentado.

O animal foi socorrido ao veterinário onde identificaram que o ferimento teria sido causado por um disparo de arma de fogo. O projétil entrou e saiu do corpo do animal e só foi possível identificar pela alta quantidade de pólvora na pele.

A polícia então foi acionada e foi até a casa de Laterça que impediu a entrada dos policiais e negou que soubesse algo sobre o caso. Pelo cargo que ocupava, a polícia sabia que ele tinha porte de arma e pediu à justiça a busca e apreensão na casa, quando encontraram a arma.

Após a busca, o homem confessou a polícia ter feito o disparo. Ele disse que as filhas brincavam no quintal quando se assustaram com o animal que corria atrás delas. Em sua defesa, ele fez o disparo. Apesar disso, contou não ter percebido que o animal havia sido atingido porque o tiro foi feito como um alerta para dispersar o cachorro.

A perícia constatou que houve disparo recente feito com a arma de Laterça e que o ferimento do animal foi feito por arma de fogo.

O processo ainda está em andamento e o caso ainda está em andamento na Polícia Civil. Após o término do inquérito, a polícia deve denunciá-lo ao MP por crime contra animais e o processo correr na justiça.

O que dizem os envolvidos
 
A reportagem do G1 procurou a defesa de Rodrigo Laterça, mas aguardava o retorno até a publicação.

Fonte: G1

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