Justiça determina liberação de corpo de cão sacrificado sem consentimento de tutor na UVZ

Justiça determina liberação de corpo de cão sacrificado sem consentimento de tutor na UVZ
Apollo

Por meio de alvará judicial, o tutor do cão Apollo, que morreu após eutanásia na sede da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), conseguiu resgatar o corpo do animal na tarde desta quarta-feira, 22.

No processo, o tutor relata que seu cão, da raça weimaraner, fugiu de sua residência na sexta-feira, 17. Após a fuga do animal, o tutor teria mobilizado amigos e familiares por meio das redes sociais a fim de localizar Apollo.

No dia seguinte, ele descobriu que o animal – que tinha aproximadamente 13 anos – tinha sido localizado e recolhido pela Unidade de Vigilância de Zoonoses. “Afirma que através de uma amiga, entrou em contato com a unidade de zoonoses para reconhecimento do cão, momento em que o veterinário responsável informou que o mesmo por estar em sofrimento, havia sido sacrificado. O requerente destaca, em sua petição, que o seu cão era saudável, pois havia sido submetido a exames recentemente”, disse o tutor no processo.

Diante da situação, ele solicitou ao órgão municipal a liberação do corpo do animal. Contudo, a UVZ se negou sob a justificativa de que não havia laudo médico do cão e que o corpo estava sendo mantido refrigerado para a realização da necropsia.

Após a negativa, o tutor ingressou com uma ação na justiça com o intuito de conseguir enterrar seu animal de estimação. “Esclarecendo que o pedido de liberação do corpo do animal em seu favor reside justamente na pretensão de que o procedimento de necropsia seja realizado em local com credibilidade e imparcial, e o mais rápido possível, tendo em vista a provável ausência de imparcialidade da Unidade de Vigilância de Zoonoses”, disse o tutor.

Na análise do processo, o juiz plantonista Alexandre Lenine de Jesus Pereira deferiu o pedido e determinou a liberação do corpo de Apollo. “O cão tinha dono, por algum motivo se evadiu da sua residência, ficou perdido e quando achado, foi encaminhado diretamente ao último estágio da sua vida, onde a morte lhe aguardava. Somente de posse de toda a documentação que autorizou a eutanásia do cão Apollo é que seu dono poderá ficar sabendo dos males que seu cão possuía e ele desconhecia. Portanto, sem maiores delongas, até porque o presente não comporta, tenho por bem deferir o pedido de fl. 04, determinando a imediata liberação do animal”, decidiu o magistrado.

A morte do animal causou revolta nas redes sociais desde o fim de semana. Dezenas de protetores da causa animais se manifestaram contrários a prática de eutanásia. Um abaixo assinado online foi criado pelo deputado estadual, Leonam Pinheiro, para que se evite a morte de outros animais.

Matéria baseada no processo de número 0700048-77.2023.8.02.0066.

 
 
 
 
 
Ver essa foto no Instagram
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Juninho Bittencourt (@mr.bittencourt)

Fonte: Alagoas 24 horas

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.