Linha de pipa com cerol já feriu 19 pássaros em Corumbá (MS) neste ano

Linha de pipa com cerol já feriu 19 pássaros em Corumbá (MS) neste ano
Em quase 90% desses casos, o ferimento causado pela linha com cerol condena o animal a nunca mais voltar a voar na vida. (Divulgação)

A Fundação do Meio Ambiente do Pantanal atendeu, só neste ano, 19 pássaros feridos por cerol nas linhas de pipas. De acordo com a diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, Ana Cláudia Moreira Boabaid, a média de atendimentos feitos no Centro de Atendimento Emergencial aos Animais Silvestres (CAE) envolvendo esses animais é de 3 a 4 por mês.

Ela explicou ainda que a linha da pipa, por ser muito fina, não é detectada durante o voo pela ave. O resultado do acidente é um corte profundo, geralmente em sua asa, podendo ser comparado a um corte a laser. Em quase 90% desses casos, o material atinge um ligamento da asa responsável pelo voo e, uma vez rompido, condena o animal a nunca mais voltar a voar na vida.

Quando ocorre um acidente, os animais são resgatados pelo Corpo de Bombeiro ou pela Polícia Militar Ambiental (PMA) e encaminhados para a Fundação do Meio Ambiente do Pantanal para receberem os primeiros atendimentos. Dentre as espécies mais afetadas estão: Urubu, maritaca, arara, papagaio, periquito e tucano. Os danos irreversíveis ou a morte dessa aves, causam desequilíbrio ecológico.

O uso do cerol é considerado crime penal capitulado nos artigos 129, 132 e 278 do Código Penal Brasileiro, além do artigo 37 da Lei das Contravenções Penais. Em caso do uso do cerol por crianças ou adolescentes, estes podem ser apreendidos e encaminhados às autoridades competentes. Já o adulto que fizer uso do cerol será conduzido, junto ao material, até a autoridade judiciária, podendo até mesmo ser preso.

Fonte: Capital do Pantanal

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