Mais de 100 aves são resgatadas durante inspeção em feira livre, em Arapiraca, AL

Mais de 100 aves são resgatadas durante inspeção em feira livre, em Arapiraca, AL

Uma inspeção, realizada pela Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) no último fim de semana, resultou no resgate de 143 aves, inclusive com algumas dentro de um carro, em uma feira livre da cidade de Arapiraca, agreste alagoano.

Em parceria com o Batalhão da Polícia Ambiental (BPA) e o Instituto do Meio Ambiente (IMA), o MPE localizou o responsável pelo veículo e constatou que os animais estavam em situação de maus-tratos

Informações do consultor ambiental e médico veterinário do IMA, Rafael Cordeiro, um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi elaborado e os animais, bem como o carro, foram apreendidos.

As aves foram levadas ao Centro de Triagem da FPI, local onde serão cuidadas num hospital de campanha para serem retornadas à natureza de forma saudável.

“O hospital está com a base de um laboratório no qual, junto à FPI, está se produzindo ciência e informações importantes para ajudar em ações futuras”, comenta Rafael reforçando a necessidade de manter esses animais livres por serem dispersores de sementes auxiliando no reflorestamento e na manutenção de um ecossistema.

A operação que ocorreu de forma antecipada também esteve presente nas feiras de Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios e em Olivença resultando em cerca de 250 aves como Galo de Campina, Tico-Tico, Sabiá e Jesus Meu Deus; espécies com mais ocorrência nestes casos.

Produtos perigosos

A equipe de Produtos Perigosos também iniciou seus trabalhos e autuou comerciantes das cidades de Ouro Branco e Santana do Ipanema no último sábado (25). O processo se deu pela venda de medicamentos veterinários, produtos de limpeza e inflamáveis sem licença ambiental; o que é ilegal e apresenta risco à saúde humana.

Crédito: Assessoria
Crédito: Assessoria

O coordenador da equipe, Josean Leite, explica que o uso inadequado destes produtos pode causar diversas doenças como leucemias e outros cânceres; alterações neurológicas (como o Mal de Parkinson); lesões no fígado, na pele e no pulmão. Além de causar contaminação da água e do solo e causar efeitos drásticos em espécies não alvo, afetando a biodiversidade, as redes alimentares e os ecossistemas aquáticos e terrestres.

Por outro lado, não foram encontrados agrotóxicos nos lugares visitados. Josean acredita que isso se deve ao trabalho preventivo realizado pela equipe. Também participaram da ação o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e a Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Alagoas (Adeal).

Fonte: Alagoas 24 horas

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