Mais de 3 mil animais foram castrados em 2017 em Manaus, AM

Mais de 3 mil animais foram castrados em 2017 em Manaus, AM
Geoma Gama castrou sua cachorra de estimação (Fotos: Michael Dantas)

A procura pela castração de caos e gatos no Centro de Controle de Zoonose (CCZ) de Manaus, cresceu nos últimos dois anos, segundo informações da direção da unidade. De acordo com o órgão, somente em 2016, foram cadastrados e microchipados a quantidade de 9.415 animais. De janeiro a abril deste ano, o CCZ já realizou 3.207 castrações.

Os procedimentos realizados em machos acontecem por meio da orquiectomia e nas fêmeas pela ovário-histerectomia, através da técnica minimamente invasiva ou “técnica do gancho”.

“Todo dia nos castramos em média de 25 a 30 animais. Com a implantação do projeto de castração, as pessoas começaram a se informarem do assunto, o que provocou a grande procura pelo procedimento. Mas, ainda tem gente em Manaus que não sabe desse tipo de serviço nosso. Vale ressaltar que a castração é feita toda de forma gratuita”, disse a diretora da unidade, Márcia Tereza.

Especialistas afirmam que quando mais cedo for realizado o procedimento, maiores serão as chances de o animal não adquirir doenças que podem levar a morte, entre elas o câncer. Além desta questão, veterinários revelam que a castração influencia no comportamento do cachorro.

Outro fator importante é que a castração contribui no controle populacional de forma aceitável e recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O CCZ mantém um programa permanente de controle populacional de cães e gatos que compreende o registro e a identificação por meio de implante de microchip, educação em saúde e guarda responsável, castração e fiscalizações zoossanitárias.

“A castração reduz as chances de câncer de mama entre 40% a 60%. Evita ainda, doenças infecciosas uterinas graves como a piometra. É aconselhável realizar o procedimento antes do primeiro cio. Em machos, principalmente naqueles que apresentavam comportamentos agressivos, após a castração é visto ações mais dóceis, que os tornam mais caseiros, sem a necessidade de caça a fêmea”, explicou a veterinária Viviane Aguiar.

Para proteger de doenças e preservar contra gravidez indesejável, a gerente comercial, Hélia Reis, submeterá a sua filha de pelo da raça Lhasa Apso, a castração pelos próximos dias. Ela relatou que levou em consideração antes da decisão de realizar o procedimento na Mel, a dificuldade de encontrar um parceiro do mesmo porte da sua cadela para cruzar.

“Tenho a Mel como uma filha de pelo e não a vejo como produto de comercialização. Por isso a preocupação com a saúde e o bem-estar dela. Não consigo encontrar um cachorrinho do mesmo tamanho dela. Se eu coloca-la para cruzar com um cachorro de porte maior ela pode ter problemas na gravidez e no parto. Para evitar sofrimentos, prefiro submete-la a castração”, disse Hélia.

O mesmo cuidado é tido pela doméstica Geoma Gama, que realizou na manhã de ontem (26), a castração da sua cachorra de apenas um ano e três meses de vida. Ela garantiu que mesmo gratuito o serviço foi oferecido com qualidade e de forma rápida no Centro de Zoonose de Manaus.

“Tenho 5 cachorros machos em casa e isso gerava uma preocupação em relação a ela que é a única fêmea do local. Fiz a castração antes do primeiro cio dela, justamente para não ter briga entre eles. Também tem a questão da saúde da minha cachorrinha, que é a situação que mais pesa na hora de decidir pelo procedimento”, relatou.

Quem tiver interesse em castrar o animal pode procurar o Centro de Zoonose, que fica localizado no bairro Compensa, Zona Oeste. A direção do órgão informou que o agendamento acontece sempre nas últimas segundas-feiras de cada mês, das 8h às 14h. Para marcar a castração é necessário estar munido do RG, CPF e comprovante de residência. O tempo de espera para realizar o procedimento no animal é em média 30 dias.

Um levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), mostra que Manaus conta com aproximadamente 310.000 cães e gatos entre animais domiciliados e semi-domiciliados. Não há dados sobre animais não domiciliados.

Por Gerson Freitas

Fonte: Em Tempo 

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *