Mais de 5,3 mil animais silvestres morrem atropelados por carros em 5 anos no DF

Mais de 5,3 mil animais silvestres morrem atropelados por carros em 5 anos no DF
Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

Em cinco anos, mais de 5,3 mil animais silvestres foram atropelados por veículos no Distrito Federal, segundo levantamento divulgado pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram). Os dados são de abril de 2010 a março de 2015. De acordo com o órgão, a maioria dos animais não sobrevivem à colisão.  
O estudo mostra que esses acidentes são mais comuns em rodovias duplicadas (como, por exemplo, a BR-020) e nas imediações de unidades de conservação de proteção integral. São os casos da DF-205, nos arredores da Reserva Biológica da Contagem (próximo à Fercal), e da DF-131, estrada que margeia a Estação Ecológica de Águas Emendadas, em Planaltina.

Além dessas vias, os trechos no Programa de Assentamento do DF (PAD-DF), e a Área de Proteção Ambiental (APA), na região da Bacia de Santa Maria, também são cenários para muitos acidentes da mesma ocorrência.

Outros motivos

Ainda de acordo com a pesquisa, a velocidade do carro é um fato significativo para o número de mortes. Em cinco anos de estudo, somente três dos animais atropelados foram encontrados com vida pelas equipes de pesquisadores. No entanto, eles morreram no caminho do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas-DF), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Apesar dos atropelamentos, os carro se caminhões também podem matar os bichos com rajadas de vento. As espécies de pequeno porte morrem com o impacto do vento. Por exemplo, o caso do Volatinia jacarina, popularmente conhecido como “tiziu”, fica na margem da pista, alimentando-se de grãos de caem, porém, o deslocamento de ar causado por um caminhão ali pode matá-lo. Ao todo, o levantamento encontrou 1.221 indivíduos da espécie atropelados no período. O tiziu é um pássaro pequeno de natureza migratória. Ele vem para o Planalto Central para se reproduzir.

Fonte: Correio Braziliense (com informações da Agência Brasília)

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *