Núcleo de Proteção aos Animais de Bagé (RS) alerta para abandono de coelhos após a Páscoa

Núcleo de Proteção aos Animais de Bagé (RS) alerta para abandono de coelhos após a Páscoa
Pets precisam de espaço e demandam cuidados (Crédito: Niela Bittencourt)

Há quem prefira surpreender os filhos, sobrinhos ou afilhados com um presente um tanto inusitado na Páscoa, e trocam os coelhos de chocolate por um orelhudo de carne, ossos e muitos pelos. Mas é preciso estar ciente que, apesar da fofura, o animal precisa de cuidados como qualquer outro bicho doméstico, e que a adoção de um coelho deve ser uma decisão ponderada pela família.

Além disso, os pais devem estar cientes de que, por vezes, a criança não está pronta para assumir a responsabilidade de cuidar de um animal. Por isso, é preciso refletir se estão dispostos a atender as necessidades dele quando a empolgação da criança com a chegada daquele filhotinho passar. E é importante estar ciente: eles vão crescer.

A presidente do Núcleo Bageense de Proteção aos Animais, Patrícia Coradini, comenta que, após a Páscoa, cresce o número de coelhos encontrados pelas ruas, em decorrência do abandono ou, ainda, de um alojamento inadequado. É comum o abandono, após o presente ser indesejado. Tios, padrinhos ou amigos presenteiam as crianças com o animal sem uma conversa prévia com os pais.

Ao receber o coelho, os responsáveis por aquela família não conseguem dizer não e, como consequência, ocorre o abandono. A voluntária lembra que um animal não é um brinquedo e que considera inconcebível um pai ou uma mãe darem um ser vivo para seus filhos como se fosse uma pelúcia. “Sem a mínima responsabilidade”, comenta, ao destacar a importância da conscientização sobre o tema. “As pessoas seguem encarando os animais como objetos”, argumenta.

Ela relata que, no ano passado, o núcleo resgatou um coelho vítima de maus-tratos que havia sido um presente de Páscoa. Ele estava em uma gaiola minúscula. “Coelhinhos precisam de espaço e cuidados”, alerta. “E é preciso estar ciente que fazem coco e xixi, que precisam tomar sol, água, e necessitam de atenção”, acrescenta. E ela enfatiza: “Todos da casa devem estar de acordo com a presença do animal”.

Além disso, lembra que os orelhudos vivem muitos anos. Aliás, conforme informações do portal Pet Center, que tem como editora a Top. Co. (responsável pela publicação de revistas como Cães & Cia), coelhos vivem, em média, nove anos. Aqueles criados como pet e que são mantidos em gaiolas devem se exercitar, diariamente, entre duas e quatro horas.

Acontece que os exercícios são importantes para a manutenção de um peso adequado e para evitar doenças decorrentes da obesidade. Aliás, entre as principais doenças que esse pet pode apresentar estão a presença de parasitas, sarnas, protozoários, diabete e diarreia. Ele deve ser mantido em um ambiente agradável, limpo, e requer carinho como qualquer outro bichinho de estimação.

Fonte: Folha do Sul 

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