Petição pede LIBERDADE para BAMBI, a elefanta confinada no zoológico de Ribeirão Preto, SP

Petição pede LIBERDADE para BAMBI, a elefanta confinada no zoológico de Ribeirão Preto, SP

Bambi é uma elefanta asiática de aproximadamente 50 anos da idade. Passou pelo horror da vida no circo (pertenceu ao Stankowich). Depois, viveu cinco anos no zoológico de Leme (SP) e, desde 2014, está confinada no Bosque e Zoológico Municipal Doutor Fábio de Sá Barreto, em Ribeirão Preto (SP).

Nestes 11 anos de zoológico, pode não ter passado pelos mesmos maus-tratos que sofria nos circos, mas nem por isso está em algum paraíso: cega de um olho, ela vive em um espaço extremamente inadequado para alguém de sua espécie. E o pior: tem sido forçada a dividir o espaço com Mayson, uma elefanta que não a aceita.

Desde 2019, o Santuário dos Elefantes da Chapada dos Guima­rães, em Mato Grosso, reivindica a transferência de Bambi. Lá, ela encontraria condições muito melhores para alguém de sua espécie. Mas a Prefeitura de Ribeirão Preto e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo, por meio do Departamento de Fauna (Defau), têm se mantido insensíveis ao tema. Talvez por enxergarem Bambi como uma “coisa”, uma “posse”, as autoridades municipais e estaduais não aceitam que a elefanta vá ao encontro de uma vida melhor e insistem em mantê-la encarcerada no zoológico paulista.

Petição

Está circulando uma petição online para tentar convencer as autoridades a permitirem que Bambi vá viver no Santuário. Hoje, ela passa a maior parte do dia presa em um recinto pequeno, escuro e úmido, sem acesso ao Sol. No novo lar, ela disporia de 1.140 hectares de área nativa preservada, assistência contínua especializada e convívio com outros de sua espécie – mas em condições muito próximas do ideal encontrado na natureza, e não no “cárcere forçado” que hoje ela é obrigada a dividir com Mayson, elefanta explorada em um circo no Uruguai que foi doada ao zoológico em Ribeirão Preto quando passou a vigorar a proibição do uso de animais em espetáculos naquele país.

E não é só isso: o Santuário de Elefantes se dispõe a arcar com todos os custos de transferência do animal, gerando zero ônus para a Prefeitura de Ribeirão Preto e para o Estado de São Paulo. Não existe, simplesmente, qualquer explicação razoável para que esse entrave persista.

Bambi está cega do olho esquerdo, tem problemas de saúde e merece um fim de vida digno. A alegação de que ela não suportaria a longa viagem até o Santuário não se sustenta, porque obviamente o animal teria acompanhamento adequado.

Por Sílvia Lakatos

Fonte: Olhar Animal

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