Polícia investiga abandono de cerca de 50 gatos em casa no bairro Quintino Cunha, em Fortaleza, CE

Polícia investiga abandono de cerca de 50 gatos em casa no bairro Quintino Cunha, em Fortaleza, CE
Os animais são alvos de tortura e negligência há meses, conforme denúncia. Foto: Reprodução

Um caso de abandono de cerca de 50 gatos em um imóvel no bairro Quintino Cunha, em Fortaleza, é investigado pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) da Polícia Civil do Ceará (PC-CE). A proprietária do imóvel denuncia que a inquilina, que foi recentemente despejada da casa pela Justiça, maltratava os animais e vivia em conflito com a vizinhança.

Vídeos enviados ao Sistema Verdes Mares pelos vizinhos e pela família da proprietária, Cila Maria Linhares Rios, mostram os gatos sem alimento e em meio a muita sujeira em um ambiente de “imundície”, como descreve a mulher. A situação do imóvel é a mesma há cerca de três anos, mesmo quando estava ocupado, conforme a dona.

ABANDONO REVOLTA VIZINHOS; ASSISTA:

https://youtu.be/FEzrm9-wj88

“Morava ela, o marido e quatro filhos, todos adultos. Viviam nessa imundície. Ela torturava a família e os vizinhos. Os gatos estão todos maltratados e eram torturados, porque aquilo ali [situação da casa] não é cuidado”, relata Cila Maria.

Os felinos foram encontrados nos dois andares da casa, que está abandonada e ainda tem móveis antigos e quebrados dentro. Dona Cila clama para que alguma entidade de proteção animal resgate os gatos e também lamenta a sujeira no imóvel.

O documento da ordem de despejo contra a então inquilina foi expedido no dia 24 de agosto deste ano. O juiz Tacio Gurgel Barreto, da 34º Vara Cível da Comarca de Fortaleza, determinou “desocupação imediata” à época, por inadimplência.

A dona da casa conta ainda que a família despejada sempre criava “muito tumulto” na região.

INVESTIGAÇÃO

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) disse que a DPMA apura informações sobre o estado dos animais. Uma equipe da Polícia Militar do Ceará (PMCE) foi ao local.

Segundo a pasta, diligências seguem em andamento para elucidar o caso. Cila Maria denuncia que já fez diversos Boletins de Ocorrência (B.O) sobre o caso e espera uma resolução rápida.

Por Matheus Facundo e Leabem Monteiro

Fonte: Diário do Nordeste

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