Teresina (PI) registra diariamente de dois a três casos de maus-tratos contra animais
Teresina registra diariamente de dois a três casos de maus-tratos contra animais. De acordo com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, são denunciados casos de agressões em domicílios, abandonos e atropelamentos de animais em vias públicas.
Para o delegado Wilson Araújo, houve nos últimos meses um aumento de denúncias e casos envolvendo animais em situações de extrema dor e perigo.
“A gente vê um aumento substancial na quantidade de ocorrências registradas aqui na capital. Em torno de um, dois casos por dia, um número exorbitante. A gente ver que uma pessoa pega um animal para cuidar e ao invés disso, maltrata. É uma situação difícil, mas a nossa delegacia vem combatendo, são vários inquéritos que já concluímos e com indiciamentos”, afirmou o delegado.
VÍDEO: Delegacia registra de dois a três casos de maus-tratos contra animais
De acordo com a legislação baseada na Lei de Crimes Ambientais, o crime de maus-tratos a animais pode levar o infrator a proibição de guarda, bem como de dois a cinco anos de prisão, e multas que podem variar de R$ 50 até milhões. No Piauí, a Comissão de Proteção em Defesa dos Animais, da Ordem dos Advogados do Piauí (OAB-PI), é um dos órgãos que fiscaliza os casos na capital.
“A Comissão de Proteção em Defesa dos Animais da OAB Piauí vem acompanhando com muita preocupação os últimos casos de maus-tratos contra animais, noticiados pela imprensa. É importante deixar claro que, além de crimes ambientais, a infração estabelece pena de dois a cinco anos para esses casos, com a possibilidade de aumento da pena em um sexto em caso de morte do animal”, explicou Raimundo Vitor, membro da Comissão.
Para a protetora Raissa Rocha, que acolhe mais de 200 animais em sua casa, as pessoas descartam os animais em vias públicas e zonas urbanas e, uma vez abandonados, eles tornam-se vítimas da falta de alimentação, cuidados médicos e atropelamentos.
“O abandono em si já é uma situação absurda. Os animais que estão dentro de casa não sabem ir procurar comida na rua, eles têm a comida a água naquele horário normal, e de repente se veem sem ela. Então até eles conseguirem se virarem nas ruas, leva algum tempo, e nesse tempo eles passam fome, passam sede, apanham de outros animais e de outras pessoas. É sempre essa situação de maus-tratos”, declarou a protetora Raissa Rocha.
Fonte: G1