Vinte triciclos com carrocinhas serão entregues para antigos carroceiros em Montenegro, RS

Vinte triciclos com carrocinhas serão entregues para antigos carroceiros em Montenegro, RS
Fiscalização segue atuando na proibição do uso de animais em carroças

Vinte triciclos, que vão puxar carrocinhas, foram recebidos pela Prefeitura de Montenegro e deverão ser entregues nos próximos dias.

Conforme a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Cidadania e Habitação, Josi Paz, os triciclos, usados para a coleta de materiais recicláveis, estarão disponíveis para pessoas que fizeram a capacitação no ano passado. Ela lembra que durante todo o processo de entrada em vigor da chamada “Lei das Carroças”, além de oferecer a estrutura para as pessoas não utilizarem mais cavalos em carroças, se pensou também em proporcionar a capacitação para bem usarem o equipamento que está agora sendo entregue. Recorda que foram passadas orientações sobre questões ambientais, os materiais que podem ser reciclados, a importância do cuidado com animais, as regras da nova lei que proíbe a utilização de veículos com tração animal, entre outras questões. “Foi uma semana de cursos em que saíram bem conscientes da importância do trabalho deles para o município”, ressalta. “Agora estamos oferecendo uma estrutura ainda melhor”, completa.

Triciclos serão entregues para pessoas que passaram por capacitação através de curso
Triciclos serão entregues para pessoas que passaram por capacitação através de curso

São 40 pessoas que estão inscritas para receberem os triciclos. “Nem todas fizeram o curso, que foi gratuito. Vamos ver como será a adesão”, diz Josi. Ela explica que será feita uma cessão de uso do equipamento, incluindo o triciclo e a carrocinha, que terá uma plaquinha da Prefeitura. “É um bem do município que será cedido para o trabalhador utilizar. No momento que entender que não precisa mais, e trabalhar em outra função, deve devolver para a Prefeitura”, salienta.

Os triciclos, também chamados de “cavalos de lata”, foram adquiridos através de licitação. Cada triciclo tem um custo de R$ 8 mil ao Município.

FISCALIZAÇÃO CONTINUA

A lei municipal 6.849 está em vigor desde 21 de dezembro do ano passado, proibindo a circulação e uso de veículos de tração animal no perímetro urbano de Montenegro. Inicialmente a Prefeitura procurou orientar os carroceiros. Foram feitas algumas notificações, mas como forma de conscientização, incluindo a entrega de material informativo sobre a legislação. De acordo com o fiscal Renan Pires, estão sendo recebidas denúncias e a fiscalização segue com a realização de diligências. “Os casos são bem esporádicos e vêm diminuindo”, afirma. “São poucos os que estão descumprindo a lei”.

Nas notificações, entregues aos infratores, consta que caso a situação não seja regularizada, será emitido um auto de infração previsto em lei, bem como as demais penalidades. Portanto, em caso de persistir a infração será aplicada a multa de 50 URMS (Unidade de Referência Municipal), que equivale hoje a R$ 229,94. Em caso de reincidência, além da multa ser aplicada em dobro, o animal poderá ser apreendido e o veículo descartado. No caso de apreensão, o animal deverá ser encaminhado para local a ser designado pela Prefeitura, através de parceria com entidade tradicionalista ou de defesa dos animais. O proprietário tem direito a recurso, mas se for mantida a apreensão o animal poderá ser doado ou repassado para alguma instituição.

A lei só permite a utilização de animais em veículos para passeio, atividades culturais com autorização do poder público e em estabelecimentos como haras, hipismo e forças militares, sempre respeitando os bons tratos e com carteira de vacinação em dia.
As denúncias podem ser encaminhadas para a Prefeitura através de protocolo ou por telefone no número 3649 1829, podendo também ter o suporte da Guarda Municipal. Já em caso de verificação de maus-tratos a animais se trata de crime e deve ser acionada a Brigada Militar pelo telefone 190.

Por Guilherme Baptista

Fonte: Ibiá

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.