Vira-lata invade carro, dá um “baile” em policiais e só sai após receber carinho, em Campo Grande, MS

Vira-lata invade carro, dá um “baile” em policiais e só sai após receber carinho, em Campo Grande, MS

Era para ser só uma ‘paradinha’ rápida, embaixo de uma árvore, para comer uma melancia. Mas seu Rubens Peixoto e a esposa não contavam com a surpresa que estava por vir. Um vira-lata invadiu o veículo do casal, um Toyota Corolla, e não queria sair.

 

A situação inusitada ocorreu na tarde desta terça-feira (9), na rua Miranda, no bairro Santo Amaro. Sem saber o que fazer, após insistentes investidas para retirar o cachorro que estava bastante agressivo, o proprietário chamou o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a imprensa.

“O cachorro estava muito bravo. A gente tentou cutucar ele com um pedaço de pau, mas ele ficava mais agressivo. Os policiais também não conseguiam tirar ele. Foram três horas de sufoco. Nem com ração ele desceu do carro”, relata.

Segundo Rubens, a salvação surgiu após 3h, quando todos já tinham tomando um banho de chuva e levar “baile” do vira-lata, sem sucesso.

“Uma menina pequenininha, viu a situação e disse que podia ajudar. Ela afirmou ser médica veterinária e lidar com cachorros da PRF. Calmamente ela conversou com o cachorro, fez carinho, passou uma corda e conseguimos finalmente tirá-lo do veículo. Foi só no carinho que conseguimos”.

Rubens acredita que o vira-lata foi atraído pelo cheiro da cadela do vizinho, chamada “Lasanha”. “Acredito que a Lasanha fez xixi no pneu do meu carro e por isso o cachorro não queria sair. Ela está no cio, mas só fui saber agora. Se ele tivesse me falado antes eu trazia ela para fazer o noivado”, brincou.

 

Orientações

Apesar de ser um caso difícil de acontecer novamente, lidar com cachorros agressivos é algo muito comum para protetores independentes que fazem resgates pelas ruas da Capital.

De acordo com a voluntária Renata Gimenes, da ONG Cão Feliz, a orientação para nestes casos é agir com calma, paciência e não cutucar o animal. “O cão já está acuado, com medo. Por isso é preciso falar calmamente com ele. Se não achar o dono, pode oferecer algum alimento para atraí-lo para perto e em último caso fazer a captura usando uma corda ou um pano para cobrir a cabeça do cachorro e conseguir manipular o corpo. Nunca deixe a mão próxima a boca do animal”, recomenda.

Apesar de parecer fácil, a recomendação para quem não está acostumado a lidar com a situação é garantir a segurança. “Se a pessoa não sabe lidar com animais em situação de estresse, o recomendado é acionar o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) que eles irão usar o cambão (cabo com corda) para fazer a captura. Em caso de mordida é importante isolar o animal e buscar uma unidade o mais rápido possível para tomar uma vacina antirrábica”.

Por Gabriela Couto

Fonte: Campo Grande News

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