Voluntários de ONG’s cobram prefeitura por castrações em animais de Caxias do Sul, RS

Voluntários de ONG’s cobram prefeitura por castrações em animais de Caxias do Sul, RS
Foto: Wellington Frizon / Grupo RSCOM

Na tarde desta sexta-feira (5), mais de 50 voluntários de ONG’s realizaram um protesto em dois pontos de Caxias do Sul. O objetivo da manifestação era pedir reivindicação sobre os cortes nas verbas para castrações dos animais do município. Os atos ocorreram na Praça Dante Alighieri e na Prefeitura Municipal.

Conforme uma das voluntárias da ONG Associação Vida, Cíntia Berton, o objetivo da manifestação também é cobrar uma promessa de campanha do prefeito Adiló Didomenico no período eleitoral.

“Viemos com o principal objetivo de cobrar uma promessa de campanha que não está acontecendo, onde uma delas é o corte da verba das castrações dos animais, ao que se refere ao controle populacional, uma questão de saúde pública e constitucional legalmente falando” disse Cíntia.

Outro ponto destacado pela voluntária é a luta das ONG’s na questão das averiguações de maus-tratos aos animais. “O Departamento de Proteção Legal está omitindo em alguns fatos, fatos estes que a gente prova, ou seja, a gente denuncia um caso de maus-tratos, eles se dirigem até lá e dizem que não se enquadram em maus-tratos. Hoje, até um animal em corrente é maus-tratos. Nós não aceitamos desculpas e promessas vazias neste sentido” relatou Cíntia.

A manifestação iniciou por volta das 14h na Praça Dante Alhigieri, onde reuniu os voluntários, juntamente com alguns cães que foram levados pelos seus tutores. Com auxílio da Fiscalização de Trânsito, os manifestantes se deslocaram até a prefeitura, indo pela Sinimbu e, posteriormente, acessando a Alfredo Chaves.

Já no Centro Administrativo, com ajuda de um carro de som, os protestantes chamaram pele prefeito, porém ele não se encontrava no local. Os voluntários foram atendidos pelo Chefe de Gabinete, Cristiano Becker.

“Nós teremos uma audiência pública aqui na Câmara de Vereadores e ele (Cristiano Becker) nos prometeu que vai levar o prefeito para nos ouvir. Essa era uma das nossas principais intenções hoje, mas o prefeito não está. Então vamos aguardar mais uma promessa neste sentido e vamos ver como acertaremos isso. Estamos cansando, não aguentamos mais tanto pedido de ajuda. As ONG’s estão enxugando gelo, não tem mais verba e com o fim das castrações, no final do ano, nós teremos inúmeras ninhadas pela cidade e estamos decididamente a trazer às ninhadas aqui na prefeitura. Então se não houver alguma solução a curto prazo esta atitude será tomada através das ONG” e protetoras” finalizou Cíntia.

Prefeitura contesta números divulgados por ONG’s sobre castrações de animais em Caxias do Sul

No final de junho, três ONG’s de Caxias do Sul debateram com a secretária de Governo, Grégora Passos e com o vereador Rafael Bueno/PDT, sobre o número de castrações em cães e gatos em Caxias do Sul.

Conforme as ONG’s, na época, a prefeitura informou que o município iria repassar apenas R$ 25.000,00 para o mês de julho, valor que autorizaria 125 castrações aproximadamente. Contudo, as ONG’s informaram que no mês de junho não teve nenhuma castração, relatando que a prefeitura não passou a verba para a realização.

Conforme documentação do edital, deveria ser repassado o valor aproximado de R$ 125.000,00 por mês em castrações, contemplando os R$ 1.500.000,00 previstos. A prefeitura na época mencionou através do site de comunicação que desde que foram iniciadas na metade de abril deste ano, foram realizadas 915 castrações no, via empresa licitada. Foram 105 em abril, 402 em maio e 408 em junho. A prefeitura ressaltou que as castrações são feitas conforme são liberados os empenhos prévios, ou seja, a solicitação com a liberação do recurso.

A assessoria também ressaltou que o município passa por sérias dificuldades financeiras, com projeção de resultado negativo para este ano. Desta forma, todas as áreas do Executivo tiveram redução de despesas e, na Semma, não foi diferente. O valor para as castrações nos próximos meses foi reduzido, mas os procedimentos seguem sendo realizados.

Por Wellington Frizon

Fonte: Leouve

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