‘Agressor não se apresentou para arcar com despesas do animal agredido’, diz OAB de Alagoas
Representantes do homem que foi flagrado espancando um cachorro em Maceió ainda não teriam se apresentado para arcar com os custos para o tratamento do animal, é o que diz a presidência da Comissão de Bem Estar Animal da Ordem dos Advogados do Brasil, em Alagoas (OAB/AL), Rosana Jambo. Ele teve prisão decretada, após ter sido autuado em flagrante.
A agressão ao animal teria provocado nele a perda de um olho, hemorragia e traumatismo craniano. Segundo boletim divulgado pela clínica que trata o cachorro, ele ainda não consegue se alimentar sozinho, mas tem apresentado evolução.
“Só de ele se alimentar é uma vitória. Ele não consegue se alimentar sozinho. Mas ele conseguiu comer, tomar água sem ajuda. Foi feita uma ultrassom e não foi visualizada nenhuma alteração. Já o raio-x de crânio constatou uma fratura, que vai ser cirúrgica, porém, ele só pode se submeter à cirurgia depois que baixar o edema”, disse a clínica em comunicado.
Em contato com a Gazetaweb, a defesa do homem visto agredindo o cachorro afirma que a família teria deixado contato na clínica em que o cachorro está sendo tratado, mas não recebeu retorno.
“No mesmo dia dos fatos, o filho do meu cliente esteve por mais de 2 horas na porta da clínica aguardando a chegada do animal e este não foi encaminhado até lá, como haviam afirmado que seria. Fez contato com o responsável da clínica e deixou seu contato, mas em nenhum momento a clínica retornou”, disse o advogado Vilaça Neto.
No entanto, Rosana Jambo afirma que a clínica sempre esteve de portas abertas e segue com as despesas do tratamento do animal em aberto. Segundo ela, o pagamento das mesmas são de responsabilidade do agressor.
“Esperamos que ele apareça na clínica para custear as despesas com o animal, porque todos os danos ocorridos com o animal foi ele que deu causa. O agressor deve arcar com todas as consequências ocasionadas à esse cachorro, ele depende disso pra sobreviver. Não vamos permitir que o animal morra sem assistência, mas a responsabilidade é do agressor”, concluiu Rosana.
Por Pâmela de Oliveira
Fonte: Gazeta Web