Ativistas dos animais querem a proibição do abate de jumentos devido ao número baixo

Ativistas dos animais querem a proibição do abate de jumentos devido ao número baixo
JUMENTOS

Ativistas dos direitos dos animais pedem ao governo para proibir o abate de jumentos no país alegando que a prática diminuiu o número de jumentos em um índice alarmante.

Os grupos lobistas alegam que o uso da carne e da pele dos jumentos na medicina chinesa têm afetado grandemente populações africanas da espécie.

Relata-se que as peles dos jumentos são exportadas para a China para fazer um medicamento tradicional chamado ejiao, que acredita-se melhorar a circulação do sangue, retardar o envelhecimento e aumentar a libido e a fertilidade.

Entretanto, depois da abertura dos matadouros de jumentos em Mogotio e Naivasha, no Quênia, o número relatado desses animais tem diminuído alarmantemente, e ativistas agora querem a prática proibida.

Ao falar durante um exercício de sensibilização e tratamento de jumentos no Condado de Nyandarua, o Dr. Simon Topisio, um veterinário que trabalha na Organização KENDAT-Heshimu Punda, disse que o abate de jumentos contribuiu imensamente para alguns dos desafios enfrentados pelos animais de carga.

Ele observou que os burros vivos eram mais benéficos que os mortos; portanto, o governo deveria rescindir a decisão sobre o abate, observando que os animais não procriam tão rápido quanto os outros animais e, assim, suas populações continuariam a diminuir.

Ao mesmo tempo, ele desafiou fazendeiros a melhorarem os cuidados que dão para os animais a fim de obter os benefícios máximos deles.

Ele disse que os jumentos devem ser bem tratados e receber cuidados de saúde e alimentação apropriados, como outros animais.

Karanja Wamiti, um veterinário residente, pediu aos proprietários de jumentos para tratá-los bem, alegando que a maioria deles é maltratada e que isso é contra a lei.

Jumentos, disse ele, também exigem que seus cascos sejam aparados, sejam bem alimentados e vermifugados como qualquer outro animal.

Por Peter Mwangi / Tradução de Fátima C G Maciel 

Fonte: Citizen Digital


Nota do Olhar Animal: Atitudes erradas dos dois lados. De um, mercadores que massacram animais para consumo ou qualquer outro fim. De outro, “ativistas animais” que certamente não estão pelos animais e sim pelo “equilíbrio ecológico”, mesmo que isto custe a vida de muitos destes animais. Estes ativistas, que na verdade parecem mais afinados com o ambientalismo e não com o movimento de defesa dos animais, não se preocupam com os interesses individuais dos bichos. Os veem com mera engrenagem ambiental que deve ser posta ou retirada por conta de interesses que, no fim, referem-se apenas aos humanos, não aos bichos. Parecem incapazes de se colocar na posição do animal que será abatido para que o número deles esteja dentro do “ecologicamente aceitável”. São estes, que agora defendem a não matança, que não hesitarão em defender o massacre se o número de jumentos superar os limites calculados por eles próprios.

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