Boto encontrado morto em praia de Belém: perícia aponta que não houve crime ambiental de maus-tratos

Boto encontrado morto em praia de Belém: perícia aponta que não houve crime ambiental de maus-tratos
Peritos durante investigação da causa da morte do boto em Belém. — Foto: Polícia Científica do Pará

O Núcleo de Crimes Ambientais (NCA) da Polícia Científica do Pará (PCEPA) realizou o exame de necropsia no boto cinza, encontrado no dia 31 de outubro, na praia grande de Outeiro, ilha de Belém. A perícia apontou que não há indícios de crime ambiental de maus-tratos.

O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (6). A ocorrência atendeu a solicitação da Delegacia de Proteção Animal, da Polícia Civil (PC), que registrou o caso para descobrir as causas da morte do animal.

“Ele comeu um alimento muito grande e se engasgou, o que ocasionou nele a dificuldade de respirar. Por isso, o animal veio para beira e se encalhou. Ou seja, não houve a ação humana. Dessa forma, a necropsia ajudou a elucidar que não houve crime contra ele”, explicou a perita veterinária Gabrielle Virgínia.

De acordo com os profissionais, o procedimento inicial da perícia envolveu a exumação, uma vez que o corpo do boto havia sido enterrado por populares, que o encontraram sem vida encalhado na beira da praia.

Boto é encontrado morto e moradores o enterram em praia de Outeiro, distrito de Belém. — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Boto é encontrado morto e moradores o enterram em praia de Outeiro, distrito de Belém. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Segundo a perita veterinária, o animal estava em uma cova de aproximadamente 1,5 m de profundidade.

Além disso, a perícia no animal também apontou que os órgãos genitais foram arrancados, o que impediu a identificação do sexo do boto. “Provavelmente algum outro animal comeu esses órgãos ou, por ele ficar em estado de decomposição, devem ter ficado apodrecidos”, completou Gabrielle.

A realização da perícia veterinária contribuiu também para a Universidade federal do Pará (UFPA), que irá realizar estudos de cunho científico com os materiais coletados na necropsia, uma vez que a instituição atua no levantamento de dados científicos da espécie no litoral amazônico.

Além disso, a perita destacou a importância do papel da população diante de ocorrências que envolvem animais mortos. “Especificamente no caso de animais aquáticos encalhados, é necessário que os órgãos competentes sejam comunicados o mais breve possível”, concluiu Gabruelle.

Fonte: g1

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