Com corpo coberto de piche, gato resgatado por voluntários morre em clínica de Rio Branco, AC

Com corpo coberto de piche, gato resgatado por voluntários morre em clínica de Rio Branco, AC
Animal coberto de piche foi resgatado por grupo de voluntário em Rio Branco — Foto: Ronivan Alves/Arquivo pessoal

Um filhote de gato foi encontrado, nessa sexta-feira (30), dentro de um balde de piche no bairro Manoel Julião, em Rio Branco. Um morador retirou o animal de dentro do balde e acionou o grupo de voluntários “Mão Amiga”, que fez o resgate e levou até uma clínica veterinária da capital.

O voluntário Ronivan Alves foi quem buscou o gatinho, que já tinha sido colocado em uma caixa de papelão, e levou para atendimento. Mas, devido à gravidade, o animal acabou não resistindo e morreu na clínica antes mesmo de passar por qualquer procedimento.

“Resgatei ele no estacionamento de um supermercado no bairro Manoel Julião, às 10h27. Um dos membros do nosso grupo trabalha nesse supermercado e mandou mensagem informando que o gatinho tinha sido encontrado no balde de piche. Pelo que informaram, esse gatinho passou a noite toda lutando pela vida dentro desse balde. Assim que fiquei sabendo, corri lá, resgatei ele no estacionamento, levei para clínica e ele foi atendido pelo veterinário que disse que a situação era bem grave”, contou Alves.

O médico veterinário informou ao voluntário que retirar o material, que é como uma cola, do corpo do animal seria possível somente com óleo diesel. “Então, se tentasse tirar, a pele do animal sairia junto, ou seja, ele iria ser exposto a um sofrimento muito grande. Mas, nem teve tempo de tentar tirar, ele estava tão debilitado que quando sedaram, ele veio a óbito.”

O grupo de voluntário “Mão Amiga” tem quase 100 membros ativos e existe há quase três anos. Eles atuam no resgate de animais que sofrem maus-tratos e na defesa dessa causa.

“A primeira sensação que a gente tem quando chega um pedido de resgate é se colocar no lugar do animal. A gente imagina quanta dor, quanto desespero ele está sentindo naquele momento e o que ele passou até o socorro aparecer. Então, essa sensação é um pouco de revolta, de medo, de indignação, mas nunca de impotência, porque todos nós podemos fazer um pouco e contribuir, de alguma forma, para que situações como essa sejam evitadas. Se a gente não pode adotar, apadrinhar, vamos pelo menos respeitá-los, não vamos feri-los e agredi-los”, concluiu.

Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco

Fonte: G1

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