Descubra porque filhotes de araras ficam até três dias parados no mesmo local

Descubra porque filhotes de araras ficam até três dias parados no mesmo local
Funcionário da Energisa se aproxima de arara que estava dois dias no fio de alta tensão. (Foto: Reprodução)

Depois de ficar dois dias parada no fio de alta tensão, arara-candindé foi resgatada no bairro Nova Pernambuco, em Campo Grande, MS. Uma moradora da avenida Ana Rosa Castilho Ocampo acionou a PMA (Polícia Militar Ambiental de Campo Grande), o Instituto Arara Azul e a empresa de energia, por acreditar que a ave estava ferida e precisava de ajuda.

No local, o grupo que se preparava para fazer o resgate confirmou que se tratava de um filhote da espécie. A ‘ararinha’ estava em fase de aprendizado de voo e não apresentava ferimentos.

O animal só saiu do local após um funcionário da concessionária de energia se aproximar. Com medo, a arara voou e confirmou a suspeita das equipes: o filhote só esperava os pais trazerem comida. Conforme a nota da PMA, neste caso, a captura do animal não é recomendada. Confira o vídeo abaixo:

 

Orientação – Durante o período reprodutivo da maioria das espécies de aves é normal os filhotes saírem dos ninhos, para aprender a voar. Os pais continuam alimentando e os protegendo.

Dependendo da espécie, às vezes, eles chegam a ficar até dois ou três dias no mesmo local, esperando os pais que estão buscando o alimento na natureza, porém, continuam alimentando esses filhotes, até que se tornem independentes.

Filhote de arara-canindé ficou dois dias no mesmo lugar esperando os pais. (Foto: PMA)
Filhote de arara-canindé ficou dois dias no mesmo lugar esperando os pais. (Foto: PMA)

“Por essa razão, a PMA orienta que não é caso de captura, pois não se pode retirar o animal do seu habitat, a não ser que esteja ferido. Devem-se deixar os filhotes onde estão e evitar aproximação, mesmo que haja algum risco relativo a serem predados por animais domésticos, embora não seja tão fácil, pois os filhotes quando saem dos ninhos já conseguem desenvolver voos curtos. No ambiente natural, existem muitos mais predadores do que nos perímetros urbanos. Se houver dúvidas, deve-se ligar para a PMA e solicitar informações.”

Por Gabriela Couto

Fonte: Campo Grande News

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