Homem canta e toca violão para animais abandonados em abrigo e encanta web; assista

Homem canta e toca violão para animais abandonados em abrigo e encanta web; assista
Reprodução/Redes Sociais

Chad Olds, tratador de animais do Vance County Animal Shelter, um abrigo localizado na Carolina do Norte, nos EUA, é também um músico profissional. O tratador decidiu usar a música para acalmar os cães. O abrigo em questão investiga denúncias de crueldade e maus-tratos contra animais. Ao todo, o abrigo mantém uma pequena equipe de funcionários e conta com um grupo de voluntários para garantir a saúde e bem-estar dos animais. Estudantes da região podem participar de atividades de conscientização e todos os interessados podem visitar o jardim sensorial, criado para melhorar a vida dos cães e gatos e facilitar a interação com os humanos.

O Vance County Shelter também oferece um programa musical para os animais abrigados. Chad Olds está à frente da iniciativa. Aos 40 anos, ele é oficial de controle de animais do condado, mas já atuou como músico profissional, viajando em turnê para diversas regiões dos EUA. A ideia de tocar e cantar para os cães e gatos partiu do chefe de serviços dos animais do condado, Frank Nobles. Ao saber das qualificações do músico, Frank sugeriu que ele fizesse serenatas para acalmar os animais.

Os dois profissionais relatam que não sabiam como os animais reagiriam, mas o instrumento musical estava ali, à disposição, e o músico capaz de produzir sons também estava disponível. Assim que Chad começou a tocar, os cães e gatos reagiram imediatamente. Os resultados foram tão impressionantes que Chad e Frank decidiram gravar uma nova apresentação, que foi publicada nas redes sociais do abrigo. O vídeo, com a performance do músico e as reações dos animais, foi visualizado por mais de 300 mil internautas.

Chad e Frank pretendiam mostrar uma atividade divertida e relaxante para os seguidores e, com isso, aumentar a visibilidade das ações do abrigo e incentivar os tutores de cães e gatos a fazerem pequenas apresentações para os pets. Porém, além de acalmar e relaxar, a música, mesmo que seja apenas reproduzida em um aparelho de áudio, é também um momento de interação entre os animais de estimação e os tutores, fortalecendo os vínculos e melhorando o relacionamento.

As serenatas de Chad Olds foram tão bem-sucedidas que a música foi definitivamente incluída no programa de enriquecimento do abrigo, que inclui brincadeiras, petiscos e atividades físicas e cognitivas que ajudam a manter equilibrados o corpo e a mente dos animais abrigados.

Do ponto de vista científico, a música é capaz de fortalecer a memória, de tranquilizar e relaxar (não apenas os pets, mas também os humanos) e até de aliviar alguns tipos de dores e desconfortos. O Homo sapiens faz música desde tempos imemoriais e, na parceria com os peludos, ele emprestou estas referências. De acordo com pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária da USP, a música e um componente importante do ambiente dos animais. Ela serve para despertar e relaxar, desviar a atenção de alguns ruídos incômodos (como fogos de artifício e trovoadas) e pode reduzir a frequência cardíaca e a pressão arterial dos cachorros e gatos.

Em ambientes hospitalares, já foi observado que as terapias com música auxiliam na redução da agressividade, ansiedade, inquietação e frequência respiratória. A audioterapia é um tratamento alternativo que não apenas reduz as sensações dolorosas, mas também alivia a experiência negativa associada à dor.

Para quem quiser experimentar em casa, os especialistas sugerem o uso de músicas orquestradas – desde uma sinfonia até um simples solo de violão ou flauta. A voz humana é interpretada por cães e gatos como orientação, advertência ou restrição; por isso, ela não é útil quando se trata de tranquilizar os pets.

Músicas aceleradas e agitadas – do heavy metal a composições de Piotr Tchaikovsky – estimulam as tendências às correrias e latidos, enquanto as execuções lentas e ritmadas favorecem o sono e a quietude, estando associadas ao bem-estar e à tranquilidade.

Fonte: Roma News

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