IMA flagra jacarés-de-papo-amarelo abandonados em criadouro de Fernão Velho, em Maceió, AL

IMA flagra jacarés-de-papo-amarelo abandonados em criadouro de Fernão Velho, em Maceió, AL
Foram encontrados 144 jacarés, sendo 139 vivos e cinco mortos. (IMA/AL)

O Instituto de Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) flagrou, em operação no bairro Fernão Velho, em Maceió, realizada entre a quarta (8) e esta sexta-feira (10), um criatório de jacarés-de-papo-amarelo repleto de infrações ambientais. Ao todo, as autuações contra a empresa responsável pelo local, em razão das irregularidades, somam R$ 497.720 mil.

Segundo o instituto, essa é uma das maiores infrações ambientais relacionadas a fauna já presenciada em território alagoano, sendo preciso montar uma verdadeira força tarefa com técnicos dos setores de Fiscalização, Laboratório, Fauna e Unidades de Conservação. Também houve a presença do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).

“Foram encontrados 144 jacarés, sendo 139 vivos e cinco mortos. Os vivos em situação de total abandono. Os animais estavam visivelmente submetidos a uma situação de maus tratos: em confinamento, sem alimentação, sem manejo adequado e sem água”, relatou o IMA/AL.

Ainda de acordo com o instituto, o empreendimento está localizado dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do Catolé e Fernão Velho. Uma intimação para a apresentação do cronograma de desmobilização do empreendimento também foi emitida.

No local, as equipes constataram que os tanques estavam com baixo nível de oxigênio. “O excesso de carga orgânica, pelo ambiente eutrofizado, e a presença de materiais flutuantes. Essas características no ambiente aquático podem ser fatores que contribuíram para o comprometimento dos animais. As amostras estão sendo trabalhadas para determina parâmetros de coliformes”, explicou Karine Pimental, técnica do IMA/AL.

O empreendimento, conforme o instituto, estava visivelmente abandonado, com animais mortos e os vivos se alimentando da carcaça dos mortos, além do mau cheiro por toda a parte.

Veja as infrações constatadas:

Maus tratos: R$432 mil;

Operação com licença ambiental vencida: R$32.860 mil;

Captação de água de modo irregular e sem outorga: mais R$32.860 mil.

Operação começou no dia 8 de fevereiro - Foto: IMA/AL
Operação começou no dia 8 de fevereiro – Foto: IMA/AL

Por Rayssa Cavalcante

Fonte: Gazetaweb

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