Indignação internacional: protestos na América Latina contra o maltrato animal na China

Indignação internacional: protestos na América Latina contra o maltrato animal na China

Uma rede de tortura de gatos vem sendo preparada há meses na China. Neste país, a regulamentação do abuso de animais é bastante precária, razão pela qual as condenações e acusações por crimes contra os animais são incomuns e a comunidade internacional apela a medidas urgentes. Esta é a história!

O que acontece na China?

As lacunas legais e a baixa proteção dos animais, especialmente os domésticos, permitem que os criminosos cometam crimes sem se preocuparem em ter de enfrentar a justiça pelas suas ações.

Por esta razão, a organização Feline Guardians, que tem monitorizado uma rede de tortura de gatos nesse país, apelou à comunidade internacional para se juntar num protesto contra a falta de ação do governo chinês.

Esta ONG conseguiu identificar a forma como esta rede funciona. Eles funcionam como mais uma comunidade online, utilizando o Telegram como meio de comunicação e divulgação de suas ações criminosas, além de utilizá-lo para receber dinheiro e realizar transações em troca de tortura de gatinhos e gatos adultos.

É uma situação crescente que ocorre em diferentes grandes cidades da China, como Wuhan, Guangdong, Pequim e Xangai, onde os principais torturadores e espectadores são chineses, mas foram encontradas evidências de participantes americanos e russos.

Por que surgiu a Feline Guardians?

Esta ONG nasceu após receber informações sobre a tortura de um fofinho gato chamado “Cow Cat”, este felino foi encontrado morto em maio de 2023 após ter sido torturado durante vários dias.

O autor da tortura foi preso porque foi exposto nas redes sociais como o causador da morte de Cow Cat; porém, apesar de preso, foi libertado poucas horas após sua captura por falta de legislação por crimes contra animais domésticos.

“Infelizmente, nenhum progresso foi feito nas leis contra a crueldade contra os animais na China. Estes abusadores enfrentaram uma condenação moral e, no máximo, 15 dias de detenção antes de serem libertados”, disse um porta-voz da ONG.

A indignação é internacional

Esta ONG tem feito um trabalho árduo convidando a comunidade internacional a juntar-se à sua causa e ser capaz de pressionar a condenação moral para gerar ações contra o governo chinês e agir com diligência nestes casos.

Foi assim que conseguiram que países como a Finlândia, os Estados Unidos e a França se unissem à sua causa e protestassem diante das embaixadas chinesas nos seus respectivos países, a fim de lhes mostrar que o mundo sabe da sua falta de ação.

Felizmente, a América Latina não fica atrás e faz parte dos países que realizaram protestos e manifestações em frente às embaixadas do país asiático para solicitar uma lei sobre o cuidado dos animais, a proteção e o bem-estar das espécies domésticas.

Por esta razão, no dia 5 de abril, a partir das 09h00, várias pessoas posicionaram-se em frente à Embaixada da China com cartazes e faixas apelando a este governo para que ponha fim a esta rede de tortura, que parece não ter limites.

 

 
 
 
 
 
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Tradução de Alice Wehrle Gomide

Fonte: Agro Blogger

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