México: briga de galos em Paso de Ovejas é organizada pela Câmara Municipal

México: briga de galos em Paso de Ovejas é organizada pela Câmara Municipal

Ativistas pelos direitos dos animais relataram que no município de Paso de Ovejas, no México, planejam realizar brigas de galos no domingo dia 17 de março, apesar de esta atividade estar proibida no estado de Veracruz desde 2016.

Rafael Bravo, presidente de Regalemos un Paraizoo, e Claudia Leonardo, do Movimento Consciência, realizaram uma conferência de imprensa na cidade de Xalapa para anunciar que a Câmara Municipal de Paso de Ovejas pretende violar os regulamentos através da realização de brigas de galos.

Por isso, no dia 7 de março enviaram uma carta à Câmara Municipal solicitando o cancelamento do evento, mas não obtiveram resposta das autoridades locais.

“Foi enviada uma carta por e-mail à Câmara Municipal de Paso de Ovejas, dirigida ao prefeito, Sr. Mario Mafara Ramírez, recebemos a confirmação de leitura do o e-mail com o selo Oficial da Prefeitura onde neste ofício solicitamos que a publicidade das brigas de galos sejam imediatamente interrompidas e, consequentemente, que elas não ocorram.”

No entanto, enfatizaram que, caso sejam realizadas atividades violentas que violem os direitos dos animais, tomarão medidas legais e apresentarão as denúncias correspondentes.

“É importante mencionar e lembrar que desde 2016 em Veracruz as brigas de galos estão proibidas e é incongruente que as autoridades, através de um comunicado oficial para celebrar o feriado de um padroeiro que é uma honra para San José em Acazónica, coloquem especificamente no cartaz que uma atividade ilícita será realizada em um local e em um horário específico”, comentaram.
Os defensores dos animais também destacaram a importância de fazer cumprir as leis de proteção animal e evitar eventos ilegais como touradas e brigas de galos no estado.

Em 2018, através do amparo número 163/2018, o Supremo Tribunal de Justiça da Nação (SCJN) decidiu que a proibição da briga de galos é constitucional.

“Ou seja, não existe nenhum artigo constitucional que nos capacite, como Estado, como cidadãos, a maltratar os animais. Esta foi uma disputa estratégica que realmente foi travada com a Associação Nacional Mexicana de Gallera”, enfatizaram os ativistas pelos animais.

Por Juan David Castilla / Tradução de Alice Wehrle Gomide

Fonte: El Heraldo de Tuxpan

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