O momento em que coelhos resgatados de laboratório sentem o sol pela primeira vez; VÍDEO

O momento em que coelhos resgatados de laboratório sentem o sol pela primeira vez; VÍDEO
Figaro.

Há aqueles que não têm sorte e vivem para a “ciência”. Já outros, ainda têm a oportunidade de serem felizes antes de se despedirem do mundo. São raros os casos, mas acontece. Donna e Figaro, dois coelhos salvos de um laboratório onde eram testados e usados para criação, são a prova viva disso. O casal de irmãos teve agora a primeira experiência ao ar livre e a reação foi emocionante.

A dupla foi resgatada pela Save the Buns, uma organização sem fins-lucrativos que salva e acolhe coelhos usados em testes, e depois, transferida ao Woodstock Farm Sanctuary, um santuário em Nova Iorque, Estados Unidos. Quando chegou, estava bastante assustada e teve de aprender a viver sem medo.

“Eles eram muito tímidos e até agora, não tinham sido tratados como seres vivos”, partilhou Riki Higgins, voluntária na quinta, ao site de animais “The Dodo”. O primeiro passo foi fazer com que ambos se habituassem com os novos “quartos” e apesar de toda a confusão que estavam a sentir, ficaram cada vez mais confiantes. Depois, chegou a hora de sentirem a relva e o calor do sol.

Figaro foi o mais destemido. O macho foi o primeiro a sair da toca e sentir a liberdade pela primeira vez. Em seguida, ao ver que o companheiro estava bem, Donna decidiu experimentar.

@woodstocksanctuary

ICYMI: we welcomed two new buns to the sanctuary, rescued from a research lab! Watch Donna and Figaro exploring their new yard for the first time ❤️ Their journey home took time, money and planning, and we need your help covering their vet and boarding bills. Before arriving at the sanctuary, Donna and Figaro needed to see a vet. This was likely the first time they’d seen a vet, and we needed to ensure they were both healthy enough to be housed in the rabbit barn. We also had to provide short-term boarding for them while we prepared onsite. Rabbits are sensitive and social animals, and they can be very particular about their friendships. We boarded them with our friends at Reenies Rabbit Rescue to ensure they had a safe space to socialize and adjust while we prepared for them here. Please donate to their vet and boarding bills! 🐰 ❤️ For these little survivors, all the hard work is worth it — look at Donna and Figaro exploring their yard! Even though Donna and Figaro are safe, we still have to catch up on the costs we incurred getting them here. 💌 Please give today, here or on Venmo at Woodstock-Sanctuary.

♬ Gentle and warm background piano(1262846) – Noru

Antes de serem livres, os dois animais eram usados em pesquisas na área de cardiologia. “Quando o laboratório descobriu que não se enquadravam no perfil genético necessário para um estudo, Donna e Figaro seriam mortos, mesmo sendo coelhos jovens e saudáveis”, contou o santuário em comunicado, acrescentando que os coelhos são os animais mais usados pelas farmacêuticas, assim como os ratos.

Segundo a Humane Society International, estima-se que “mais de 115 milhões de animais em todo o mundo são utilizados em laboratório anualmente”. No entanto, como “apenas uma pequena proporção de países” recolhe e partilha os dados relativos à utilização de animais para testes e investigação, o número exato é desconhecido.

Mallory Cormier, diretora da Save the Buns, costumava trabalhar nestes espaços antes de decidir fundar a organização. “Os coelhos são seres extremamente sensíveis”, frisou. “Como presas, qualquer tipo de interação que têm pode ser vista como uma ameaça. Viver num ambiente de laboratório é altamente stressante”, disse.

A diretora acrescentou que já presenciou situações em que os animais se automutilavam devido ao stress. “Os laboratórios não são lugares para os animais, especialmente para criaturas tão sensíveis como os coelhos”.

Carregue na galeria para conhecer Donna, Figaro e os outros coelhos a viverem no santuário.

Por Izabelli Pincelli

Fonte: Pets in Town / mantida a grafia lusitana original

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