ONG celebra decisão da Emirates de banir o transporte de peles de burros em suas aeronaves

ONG celebra decisão da Emirates de banir o transporte de peles de burros em suas aeronaves

A ONG britânica The Donkey Sanctuary celebrou a decisão da companhia aérea Emirates de banir o transporte de peles de burros em suas aeronaves. A entidade, que defende os direitos dos animais, chamou outras empresas de transporte a seguir o exemplo da aérea.

Como informa o Sidmouth Herald, a iniciativa se dá no Dia Mundial do Burro (em 8 de maio) e integra a campanha contínua da organização contra o comércio de peles de burros. Anualmente, milhões de burros são abatidos para exportação de suas peles, que são utilizadas na fabricação de medicamentos e remédios tradicionais.

Estudos conduzidos pela The Donkey Sanctuary em parceria com a Saïd Business School e a Wildlife Conservation Research Unit (WildCRU), ambas da Universidade de Oxford, evidenciaram a ligação entre o comércio de peles de burros e outros tipos de tráfico ilegal de animais selvagens, bem como a atividade criminosa organizada.

Em fevereiro deste ano, líderes africanos concordaram em proibir o abate de burros para a obtenção de suas peles, reconhecendo as preocupações com o bem-estar animal e o papel crucial que os burros desempenham na sustentação das comunidades e economias africanas. Pouco tempo depois, a Emirates estendeu sua política de tolerância zero para o transporte de espécies proibidas, troféus de caça e outros produtos associados, incluindo as peles e partes de burros.

Marianne Steele, CEO da The Donkey Sanctuary, afirmou: “Este é um comércio cruel e insustentável que age como cavalo de Troia para o tráfico ilegal de animais selvagens e o crime organizado, representando uma ameaça séria à biossegurança global.”

Steele ainda ressaltou o papel importante de líderes no setor de transporte, como a Emirates, por suas ações decisivas e importantes para o mercado: “A iniciativa não protege somente os burros e as comunidades que dependem deles, mas também colabora para a prevenção do tráfico de outras espécies ameaçadas e para a redução do risco de doenças serem transmitidas de peles de burros para os seres humanos”.

A esperança é que mais empresas se inspirem na iniciativa pioneira da Emirates e adotem políticas semelhantes de proibição do transporte de peles de burros.

Por Carlos Ferreira

Fonte: Aeroin