Pesquisa feita por cientistas brasileiros sugere que polvos podem sonhar

Com oito tentáculos enrolados em torno de si mesmo, como se estivesse se abraçando, e pupilas estreitas como uma fenda, um polvo respira uniformemente. Seu corpo é totalmente cinza esbranquiçado.
De repente, ele começa a mudar de cor – uma mudança hipnotizante entre o laranja queimado e o vermelho ferrugem. Seus olhos, músculos e ventosas se contraem como se estivesse tendo um sonho particularmente vivido.
Essas mudanças na cor, no comportamento e no movimento são, segundo cientistas brasileiros, evidências de uma fase do sono, na qual o animal alterna entre o sono ativo e o tranquilo. Seria algo semelhante ao que ocorre com os humanos, que alternam entre o sono profundo e o REM (Rapid Eye Movement), quando há uma movimentação rápida dos olhos.
As descobertas, publicadas na quinta-feira (25), na revista iScience, mostram como o sono pode ter evoluído de maneira semelhante em criaturas muito diferentes e sugere que os polvos podem experimentar algo semelhante a um sonho.
“Não é possível afirmar que os polvos sonham porque eles não podem nos dizer isso, mas nossos resultados sugerem que, durante o ‘sono ativo’, o polvo experimenta um estado análogo ao sono REM, que é o estado durante o qual os humanos mais sonham” explicam Sidarta Ribeiro e Sylvia Medeiros, autores do estudo.
Ribeiro é professor de neurociência do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e Medeiros é aluna de doutorado na mesma universidade.
As descobertas, publicadas na quinta-feira (25), na revista iScience, mostram como o sono pode ter evoluído de maneira semelhante em criaturas muito diferentes e sugere que os polvos podem experimentar algo semelhante a um sonho.
“Não é possível afirmar que os polvos sonham porque eles não podem nos dizer isso, mas nossos resultados sugerem que, durante o ‘sono ativo’, o polvo experimenta um estado análogo ao sono REM, que é o estado durante o qual os humanos mais sonham” explicam Sidarta Ribeiro e Sylvia Medeiros, autores do estudo.
Ribeiro é professor de neurociência do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e Medeiros é aluna de doutorado na mesma universidade.
Por Katie Hunt
Fonte: CNN Brasil