Pônei resgatado de maus-tratos em Porto Seguro (BA) retorna à tutora

Pônei resgatado de maus-tratos em Porto Seguro (BA) retorna à tutora
O pônei não pode carregar adultos, como vinha ocorrendo

Um pônei que havia sido resgatado no dia 22 de fevereiro na orla norte de Porto Seguro, após ser flagrado circulando com focinheira, foi devolvido à tutora na segunda-feira (18). Conforme as denúncias, o animal, de 4 anos, era usado para sessões de fotos e passeios na praia, levava sobrecarga e utilizava focinheira, equipamento impróprio para equinos.

O resgate do animal foi feito por equipes da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental Porto Seguro (Cippa/PS) e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Causa Animal (Semac).

O coordenador de Fiscalização Ambiental da Semac, Max Teixeira, informou ao Radar News que durante o período em que o pônei esteve sob custódia no Centro de Zoonoses, ele passou por exames e foi constatado que estava saudável, sem indícios de mutilação ou violência.

O coordenador salientou que, além das boas condições de saúde, o animal parecia sentir falta dos tutores e seu comportamento não demonstrava que sofria maus-tratos.

Tutora prestou esclarecimentos

Após a apreensão, a tutora do animal compareceu à Secretaria de Meio Ambiente e prestou esclarecimentos. Ela informou que adquiriu o pônei com oito meses de idade, no estado de São Paulo, para ser dado de presente ao filho dela.

Pônei era utilizado em passeios na Orla Norte de Porto Seguro
Pônei era utilizado em passeios na Orla Norte de Porto Seguro

A tutora alegou que não sabia do uso da focinheira, pois o irmão era responsável por cuidar do o animal e colocava o apetrecho sem o conhecimento dela. Também ficou surpresa ao descobrir que o limite máximo de carga de um pônei é de 30kg, pois havia sido informada, ao adquirir o equino, que ele aguentava até 80kg. Ou seja, o pônei não pode carregar adultos, como vinha ocorrendo, apenas crianças.

Devolução mediante condicionantes

Max Teixeira destacou que a devolução do pônei ocorreu mediante a imposição de uma multa e uma série de condicionantes. Entre elas, a proibição do uso da focinheira, pois é um equipamento exclusivamente para uso em cães; proibição de circulação do pônei em áreas públicas e proibição de exploração comercial do animal.

A tutora também se comprometeu com vacinação, alimentação e água, manutenção de local digno e castração, que deve ocorrer em até 8 meses.

De acordo com coordenador da Semac, o descumprimento de qualquer uma dessas condições implicará a perda definitiva do animal.

Fonte: Radar News


Nota do Olhar Animal: É de extrema necessidade uma legislação em nível federal que proíba as autoridades devolverem um animal vítima de maus-tratos a seus algozes.

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