Repercussão da proibição de rojões em Jundiaí (SP) é positiva nas redes

Repercussão da proibição de rojões em Jundiaí (SP) é positiva nas redes

A nova lei foi escrita por Faouaz Taha (PSDB), presidente da Casa, Paulo Sérgio Martins (PSDB), Rafael Antonucci (PSDB) e Leandro Palmarini (PL). O projeto foi debatido com a população e dados técnicos sobre os riscos dos rojões foram reforçados por todos. Além dos incômodos à saúde dos animais domésticos e silvestres, é comprovado o prejuízo aos autistas, às crianças, idosos etc.

Antes da votação, um abaixo-assinado on-line da campanha “Festa Legal Não Tem Rojão” reuniu o apoio de mais 2,8 mil pessoas. Mais mil assinaturas foram colhidas em pet shops da cidade, e uma enquete realizada na internet apontou 72% dos votos favoráveis à proibição.

Faouaz falou sobre a importância do projeto e respondeu aqueles que fizeram críticas à lei durante os últimos dias. “Temos que parar com esse discurso vazio de que uma causa é melhor que a outra. Todas são importantes. Então não é importante falarmos da saúde de uma criança autista ou dos nossos animais? Hoje tivemos uma conquista, de entendermos que toda causa é importante sobretudo quando afeta seres humanos e animais. As instituições sociais também foram procuradas por nós e abraçaram nossa campanha, disse.

Paulo Sérgio lembrou que outras tradições também já foram consideradas prejudiciais e proibidas, como a soltura de balões. “Essa é uma grande vitória para a cidade e devemos adotar novos hábitos, mais saudáveis. Os balões também já estiveram na moda, mas tudo que causa danos deve ser proibido.”

A protetora animal Sumaia Cristina Sidney conta que o barulho dos fogos realmente causa pânico nos animais. “Eles ficam muito agitados e corre o risco de se machucarem ao ficarem presos em algum lugar, fugir para a rua e ser atropelado etc. Há diversas histórias de cães que já morreram em acidentes por culpa dos fogos e o mesmo acontece que com outros animais, como os cavalos. Espero realmente que a lei, agora aprovada, seja cumprida.

Três emendas ao projeto foram colocadas em discussão após a sua aprovação. A primeira delas foi a única aprovada, que inclui no texto a permissão para venda de fogos de artifício luminosos, que contém menos pólvora e fazem bem menos barulho. Já as propostas que permitiam a soltura de fogos de estampido em eventos religiosos e esportivos dividiram a opinião dos vereadores, mas não foram aprovadas. Ambas tiveram nove votos favoráveis, apenas um a menos do que o necessário para a aprovação.

Por Angelo Augusto Santi

Fonte: Jornal de Jundiaí

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