“Pensei que ele ia morrer”, disse tutor de cachorro esfaqueado por vizinho
Um cachorro ficou ferido após levar uma facada na cabeça no Pôr do Sol. Thor se soltou da coleira e fugiu de casa, por volta das 22h de terça-feira (16/6). Ao se envolver em uma briga com outro cão, e latindo bastante, eles acabaram batendo no portão de um vizinho, que saiu nervoso e bateu no vira-lata com um facão.
O supervisor de atendimento e tutor de Thor, Evandro da Silva, 34 anos, viu a ação do homem ao tentar chamá-lo para dentro de casa. “Pensei que ele ia morrer. Depois da facada, ele caiu se tremendo no chão”, lembra.
Evandro conta que estava colocando a ração do cachorro, quando ele fugiu. Na rua, Thor encontrou um cão de rua e começou a brigar. Em determinado momento, os cães teriam encostado no portão de um vizinho, que saiu nervoso com o facão nas mãos. “Ele conseguiu afastar os dois, mas depois eles voltaram a brigar de novo, foi quando ele bateu no Thor e o machucou”, relata. Segundo ele, o homem agrediu o cachorro e deu as costas.
Quando pegou o cachorro, Evandro viu o tamanho do corte na cabeça dele. Fraco, Thor desfalecia em alguns momentos. “Mesmo com a cabeça aberta e cheia de sangue, dei a ração dele. Ele estava fraco e queria fazer alguma coisa”, disse o dono.
Um vizinho acionou uma veterinária, que buscou o cachorro por volta da meia noite de quarta-feira (17/6). Às 2h, ele passou por uma cirurgia. De acordo com a médica veterinária Luciana Mendes, da clínica Amor de Bicho, Thor apresenta dificuldade para andar, mas não corre risco de morte. Ele segue internado e, na manhã desta quinta-feira (18/6), passou por um raio x. “Provavelmente tenha sofrido um edema cerebral, devido às pancadas. Estamos aguardando o resultado dos exames”, disse.
Xodó
Há dois anos e meio, Evandro e a família adotaram o Thor. Eles viram um anúncio nas redes sociais de um cachorro atrás de uma parada de ônibus em Ceilândia e foram buscar. “Queremos que ele se recupere logo e volte para casa”, declara o supervisor de atendimento. O caso foi registrado da 23ª Delegacia de Polícia (P Sul).
Por Caroline Cintra
Fonte: Correio Braziliense