Tourada cancelada em cidade espanhola; ativistas anti-touradas celebram
Uma liminar promovida em 2 de abril por ativistas zacatecas contra a exploração de animais em touradas e espetáculos similares, conseguiu a suspensão da “Gran Novillada Internacional” que aconteceria no domingo 07 na Plaza de Toros Monumental de Zacatecas.
A Proyecto Solovino, associação que promove o bem-estar animal e os direitos ambientais, obteve, por meio de sua equipe de assessores e advogados, decisão favorável à suspensão, dois dias após ter protocolado a tutela perante o Poder Judiciário da Federação.
O Conselho Curador da Feira Nacional de Zacatecas (Fenaza), o Sistema Estadual de Desenvolvimento Integral da Família (SEDIF) e a Presidência de Zacatecas, são as autoridades a quem o segundo juiz distrital indicou para notificar esta suspensão, à empresa promotora do espetáculo tauromáquico.
A salvaguarda do direito humano a um ambiente saudável é priorizada nesta resolução e é considerada incompatível com eventos em que animais são torturados ou obrigados a lutar, para fins de entretenimento e lucro.
A tourada que se realizaria no “Monumental Zacatecas” foi transferida para a cidade de Texcoco, onde foi oferecida gratuitamente, razão pela qual a empresa Don Bull Productions e os fãs das touradas caracterizaram a suspensão desta tourada em Zacatecas como “uma simples mudança de sede.”
Astrid Reveles, porta-voz das associações locais que lutam pelo respeito e proteção dos direitos dos animais, explica que esta resolução representa um grande avanço para os esforços dos ativistas em Zacatecas, que procuram garantir que em nosso estado “todas as ações violentas, abusos e torturas, sejam punidos.”
Reveles, que também é doutora em Pedagogia, destaca que é especialmente preocupante que esses programas tenham como alvo as crianças, que são submetidas a um exemplo vívido de tortura, dessensibilização à violência e falta de respeito pela vida; bem como um ambiente com consumo excessivo de álcool.
A “Feira Nacional de Zacatecas pela PAZ”, uma das ações mencionadas na estratégia de construção da paz apresentada pelo governo do estado no início do ano, incluiria touradas e brigas de galos, nas quais a dominação e a crueldade prevalecem sobre valores como não violência e respeito à vida, aponta Astrid Reveles.
As associações ambientalistas e antiespecistas continuarão a recorrer a uma estratégia jurídica para fazer avançar esta causa e apelam à sociedade civil para que se junte a estes esforços, apontou Astrid Reveles.
Tradução de Alice Wehrle Gomide
Fonte: La Jornada