Três homens foram presos em Cuba por matar cães para vender sua carne como se fosse porco ou carneiro

Três homens foram presos em Cuba por matar cães para vender sua carne como se fosse porco ou carneiro
Os três presos. (Fonte: Facebook/Yenney Caballero)

ATENÇÃO: IMAGENS FORTES

Três homens foram presos na quinta-feira dia 11 em San José de las Lajas, na província de Mayabeque, em Cuba, por supostamente matarem cães daquele município e depois vendê-los como carne de porco ou carneiro, e como carne picada, conforme relatado no Facebook por Yenny Caballero Peña, uma defensora dos direitos dos animais.

Numa transmissão ao vivo no Facebook, Caballero Peña mostrou a polícia ao lado da casa onde os sujeitos foram detidos e onde cometeram os assassinatos, a julgar pelos terríveis restos encontrados no local.

“Agora há pouco encontraram alguns caras aqui com uma maleta contendo cabeças de cachorro. Dentro daquela jaula estavam alguns dos cães perdidos em San José de las Lajas, que não são poucos. Eles os mataram para vender a carne”, disse a ativista animal.

(Fonte: Facebook/Yenney Caballero)
(Fonte: Facebook/Yenney Caballero)

A ativista afirmou que foi uma vizinha da zona que perdeu o seu animal de estimação quem fez a denúncia.

Yenney Caballero conseguiu entrar na casa dos assassinos dos cães e publicou imagens chocantes nas quais era possível ver um machado, além de cabeças, órgãos e sangue dos animais de estimação.

(Fonte: Facebook/Yenney Caballero)
(Fonte: Facebook/Yenney Caballero)

Além dos três detidos, a polícia tenta localizar outros três cúmplices, duas mulheres e um homem.

 (Fonte: Facebook/Yenney Caballero)
(Fonte: Facebook/Yenney Caballero)

“O que estes elementos inescrupulosos fizeram é criminoso. Mataram a grande maioria dos cães comunitários de San José de las Lajas, província de Mayabeque, bem como muitos animais que tinham família e que até hoje não sabiam o paradeiro de seu animal de estimação”, denunciou Caballero em texto publicado junto às imagens.

A ativista relatou que várias famílias que compraram a carne pensando que era de porco ou de carneiro foram à polícia.

Ele observou que até “há crianças doentes” e alertou as pessoas que tendem a comprar alimentos de origem duvidosa.

(Fonte: Facebook/Yenney Caballero)
(Fonte: Facebook/Yenney Caballero)

“O Movimento Animal Cubano exige justiça, que todo o peso da lei recaia sobre estes criminosos que nem sequer merecem o ar que respiram. Esses elementos deveriam estar fora da rua, deixei a polícia porque dei um soco em um deles. Contei a eles tudo o que sentia. Faltam três para capturar, duas mulheres e um homem”, descreveu.

“A dor que sinto é grande, há cachorrinhos que eram muito bem cuidados”, acrescentou Caballero Peña e solicitou uma mudança no Decreto de Bem-Estar Animal em Cuba que implique um endurecimento das sanções em casos semelhantes.

Em atualização sobre o caso na sexta-feira dia 12, Yenny Caballero explicou que vários ativistas pelos direitos dos animais foram à delegacia com um veterinário que tratou muitos dos cães e lá deram seus depoimentos. Duas pessoas que compraram a carne também apareceram no posto, uma delas um homem que comprou 5 quilos.

A ativista – que compartilhou fotos de alguns dos cães que foram assassinados – ainda especificou que duas mulheres e um homem continuam foragidos da justiça.

Na seção de comentários, dezenas de pessoas reagiram com espanto às notícias e às imagens que documentam tamanha selvageria.

Este acontecimento macabro ocorre poucos dias depois de as autoridades terem negado informações que circulavam na Internet sobre a alegada produção ilegal de carne picada em Havana a partir de carne de cães e gatos.

Em informação compartilhada na sua conta no Facebook, o Governo de Havana afirmou que a notícia de fazer carne picada misturada com estes animais apenas tentava fomentar o pânico e desacreditar as autoridades.

Segundo a nota publicada no início de abril, as investigações pertinentes foram realizadas por membros do Governo e da Polícia do município de Arroyo Naranjo e foi confirmado que não houve venda de embalagens de carne picada adulteradas.

O repórter Niover García chegou a compartilhar em sua conta do Instagram vários áudios nos quais falava sobre a suposta prisão de um homem em Güinera que tinha uma fábrica clandestina de carne picada onde moíam cães e gatos e depois vendia os pacotes por 50 pesos.

Tradução de Alice Wehrle Gomide

Fonte: Ciber Cuba

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