Veterinária é presa por maus-tratos em clínica clandestina de Luziânia, GO; vídeo

Veterinária é presa por maus-tratos em clínica clandestina de Luziânia, GO; vídeo
Cães conviviam com entulhos e lixo. (Foto: Divulgação/PC)

Uma veterinária, de 42 anos, foi presa por maus-tratos após manter cães sem água ou comida em uma clínica veterinária clandestina de Luziânia. Os animais, recém-operados, eram presos em gaiolas ou em correntes sem qualquer tipo de abrigo ou higiene.

A clínica, inclusive, estava em condições insalubres, contendo fezes, lixos e até entulhos espalhados pelo local. A corporação identificou ainda pinças cirúrgicas contendo vestígios de sangue, seringas e ampolas de medicamentos de uso veterinário com prazo de validade vencido, além de descartes irregulares, conforme o delegado Rony Loureiro.

“A médica realizava cirurgias e procedimentos gerais. Ela afirmou, em seu interrogatório, que realiza quimioterapia em sua residência, sendo tudo de forma irregular. Ela apresentava risco à saúde, não somente dos cães, mas da comunidade que vive ali na região”, afirmou.

Procedimentos eram realizados sem qualquer tipo de higiene. (Foto: Divulgação/PC)
Procedimentos eram realizados sem qualquer tipo de higiene. (Foto: Divulgação/PC)

A corporação chegou até a profissional por meio de denúncias anônimas, de acordo com Rony. Uma arma de fogo calibre 22 foi apreendida na casa da veterinária, mas a profissional afirmou que o revólver pertence ao namorado dela.

Os animais e crianças que residiam com a mulher ficaram sob cuidados de familiares, sendo que a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e o Conselho Tutelar da cidade foram oficiados a acompanharem a situação das crianças. O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás (CRMV) também foi oficiado em relação à atuação profissional da mulher, que pode perder o direito de exercer a profissão.

“Ela foi autuada por maus-tratos a animais, cuja pena pode alcançar 5 anos de reclusão. Após os procedimentos cabíveis, a veterinária foi recolhida à unidade prisional de Luziânia, onde permanece à disposição da Justiça, visto que este tipo de crime não cabe fiança”, concluiu.

Por Pedro Moura

Fonte: Jornal Opção

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