Demora de Ministério Público para exigir entrega de jegues por explorador preocupa protetores em Ubatuba, SP
Os jegues que eram explorados comercialmente em passeios com turistas pela orla de Ubatuba, no litoral paulista, durante 25 anos, já não circulam mais nas ruas da cidade. A utilização de animais para esta finalidade é considerada ilegal, prevista na lei do município, e que finalmente, foi interrompida por ação de protetores de animais e representantes de várias entidades e órgãos públicos.
Vencida a primeira batalha de impedir os passeios, os protetores de animais da região, no entanto, enfrentam agora, a demora na execução das medidas do Ministério Público para identificar os responsáveis e a participação do poder público por este abuso durante tantos anos e exigir que o comerciante Carlos Carvalho apresente os animais às autoridades para resgate o mais breve possível
No dia 12 de abril, advogados, protetores de animais, juntamente com o promotor de justiça, Henrique Lucas Miranda, a veterinária Joana Pedro Gonçalves, do Centro de Zoonoses e autoridades locais se reuniram para apurar a situação de risco destes animais e a constatação de maus-tratos.
Em diligência para ver as condições de tratamento a que eram submetidos os animais, advogados, representantes da área ambiental e veterinários da zoonose constataram que as vacinas estavam atrasadas, o que representa um risco também para a população, os jegues não dispunham de abrigo eram colocados ao relento em terreno baldio, estavam submetidos a falta de alimento e água, e uma fêmea, possivelmente prenha, estava sendo utilizada para os passeios com os turistas.
Notificado sobre a irregularidade, o Carlos de Carvalho, deveria entregar os animais, cerca de 10 jegues, para que fossem encaminhados a santuários veganos. Em dia e hora agendados, no entanto, os protetores, ambientalistas não encontraram os animais. O tutor havia levado os animais para local desconhecido e até o momento, não se tem notícia do paradeiro deles.
O apelo dos protetores é que o Ministério Público agilize suas ações para impedir que se agravem que as condições físicas destes animais para que eles possam ser destinados a locais onde possam se recuperar e sejam apuradas as responsabilidades.
Por Katia Buffolo