Filhote vítima de maus-tratos é adotado por PM que flagrou crime

Filhote vítima de maus-tratos é adotado por PM que flagrou crime
Filhote vítima de maus-tratos é adotado por PM que flagrou crime. Foto: Reprodução/Redes Sociais

O crime veio à tona após a divulgação das imagens capturadas por um celular. Nelas, é possível ver o homem puxando violentamente o filhote, preso em uma coleira. Ele dá tapas no animal e depois de alguns momentos, utiliza uma sandália para agredir o cãozinho.

O vídeo chamou a atenção e o homem, de identidade não revelada, foi localizado pela polícia. Ele foi autuado em flagrante por maus tratos aos animais e conduzido para a Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas [na Bahia] por uma equipe da Polícia Militar (PM).

Inicialmente, o filhote foi acolhido pela ONG Amigão, do próprio município, e passou por uma consulta veterinária de emergência. Durante a recuperação, Arad (nome do cãozinho) ganhou a oportunidade de ter uma nova vida. Um dos agentes, que participou da ação de prisão do homem, visitou o local e decidiu adotar o filhote.

Arad e seu novo tutor: o PM Rodrigo Martins

O PM Rodrigo Martins, de 30 anos, adotou o cãozinho após o crime. Ele vive em Medeiros Neto e se sensibilizou com o fato. “Arad” foi o nome escolhido para o cãozinho por seu novo tutor. Segundo ele, o nome significa “divino, sublime”.

Segundo informações do termo redigido na admissão de Arad no veterinário, o animal foi identificado como um cão da raça Burriler, com cerca de 4 meses de vida. Apesar dos ataques, não foi observado nenhum grave machucado no animal, “apenas danos emocionais” que o deixou “bem assustado por qualquer estímulo.”

Ao iBahia, o PM Rodrigo disse que foi difícil a situação e que ficou “chocado com a coragem [do homem] de fazer aquilo com o animal”.

O policial contou ainda que a expectativa dele é de que a adoção de Arad seja um exemplo para a cidade de Medeiros Neto. “Se fizermos o básico, já é muito. O cachorro é um animal que só tem amor para nos dar”, disse ele em entrevista.

No ato da adoção, Rodrigo assinou um termo de responsabilidade, que inclui a garantia de promoção do cuidado com o animal, assistência veterinária sempre que necessário, tempo médio de vida do cão e afirmação para mantê-lo de forma saudável.

Crime de maus-tratos

Desde o ano de 2020, a Lei Federal 14.064/20 prevê que ações de maus-tratos aos animais podem ser revertidas em tempo de reclusão de 2 a 5 anos, além de aplicação de multa e proibição de guarda. Informações sobre denúncias podem ser encontradas no site da ONG World Animal Protection.

Por Helena Pamponet Vilaboim

Fonte: iBahia

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.