Mais de 100 canários-da-terra são encontrados em bagagem de passageiro no Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, CE

Mais de 100 canários-da-terra são encontrados em bagagem de passageiro no Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, CE
O passageiro vinha de Goiânia, mas a mala com os animais tinha sido despachada de SP (Foto: Divulgação/Superintendência da Receita Federal da 3ª Região Fiscal)

Durante uma inspeção na manhã da quinta-feira, 8, mais de 100 pássaros da espécie Canário da Terra foram encontrados na bagagem de um passageiro no Aeroporto Internacional Pinto Martins. O homem vinha de Goiânia, mas a mala com os animais tinha sido despachada em um voo com origem em São Paulo.

O bichos foram encontrados pela Inspetoria da Receita Federal durante análise das bagagens em voos domésticos. Considerando a prática de crime ambiental, o passageiro foi conduzido à Polícia Federal e os pássaros ao Ibama. Dois animais morreram pelas condições do ambiente e os outros foram encaminhados ao Centro de Triagem para serem alimentados e hidratados. “Pelas condições de transporte, fechado em um ambiente com pouco espaço e oxigênio”, explica  Miller Holanda Câmara, chefe da Divisão Técnico-Ambiental do Ibama Ceará.

Segundo ele, a aves são buscadas por apostadores para serem inseridos em brigas de canários. O especialista explica que o transporte irregular, dessa forma, pode prejudicar a saúde das aves. Além do óbito, como aconteceu nesse grupo, ao animais ficam expostos a um ambiente apertado, podendo sofrer fraturas e com o aumento da transmissão de doenças, bem como ficarem desidratado pelo calor e a falta de oxigênio. As aves encontradas ainda não tem destino definido, mas serão reinseridas no Ceará “tranquilamente”, como explica Holanda. 

Aprisionar Canários da Terra  é considerado crime federal pela Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98). Eles vivem em campos secos, campos de cultura e Caatinga, bordas de matas, áreas de Cerrado, campos naturais, pastagens abandonadas, plantações e jardins gramados, sendo mais numeroso em regiões áridas. 

Fonte: O Povo

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