Maringá (PR) tem 26 lares temporários para cães e gatos; saiba como participar

Maringá (PR) tem 26 lares temporários para cães e gatos; saiba como participar
A estudante de medicina Ana Beatriz Zequim Maldonado ao lado da cachorrinha Cora. Foto: Arquivo pessoal.

Para muitas pessoas, o trabalho voluntário em lares temporários para ajudar no acolhimento e na recuperação de cães e gatos que por algum motivo foram abandonados ou sofreram maus-tratos, é muito mais que um hobby ou um passatempo. Essa ação é realizada como uma verdadeira missão de vida em prol dos pets, no esforço de oferecer a eles um lugar para chamar de casa, mesmo que seja por um tempo determinado.

Foi assim que surgiu o amor e vontade em dar dignidade a pets que sofreram maus tratos para a estudante de medicina Ana Beatriz Zequim Maldonado, que há cinco anos ajuda voluntariamente a cuidar de cães e gatos em uma Ong de Maringá.

“Esse é o quinto ano em que estou participando da Ong Amaar que conheci através de uma amiga que trabalhava como voluntária. Como já sou apaixonada por animais, fiquei mais ainda e vi a importância de ajudar”, diz.

De acordo com informações da Prefeitura de Maringá, atualmente a cidade possui 26 lares temporários cadastrados no PetLar, projeto desenvolvido pela Secretaria de Proteção e Bem-Estar Animal e que faz parte das diversas ações do município de cuidado dos pets – saiba mais sobre o projeto no fim da matéria. A estudante Ana ressalta que todos os voluntários que ajudam na Ong abrigam vários pets, pois a instituição não possui um local próprio.

“Na verdade quando você entra na Ong para ajudar acaba sendo meio que natural você abrigar algum pet em sua residência, porque a gente recebe diariamente muitos pedidos de ajuda e, a nossa Ong, a ‘Ong Amaar’ não tem abrigo, então a gente depende de lar temporário. Só no apartamento que eu moro, de 70 metros, já abrigamos aproximadamente doze gatos. Hoje eu estou com a Cora, a cachorrinha que vive comigo”, afirma ao GMC Online.

 
 
 
 
 
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Lares temporários para pet

O trabalho de quem aceita abrigar um pet em um lar temporário depende exclusivamente da disposição e da vontade da pessoa, pois todo o gasto com alimentação e remédios é exclusivo da Ong.

“A gente leva tudo, a pessoa não tem gasto nenhum. Levamos ração, remédios, cama para o animal, buscamos na casa para levar o animalzinho para a feirinha de adoção. Então, na verdade é só ter o amor e a vontade ajudar que é o essencial hoje em dia, além da ajuda para as nossas dividas”, ressalta.

O animal fica no lar temporário durante o tempo que o tutor possa abrigar. De acordo com Ana, existem lares temporários que estão há mais de três meses abrigando cães, gatinhos e lares que muitas vezes o voluntário consegue abrigar durante um tempo. “Nesses casos, precisamos remanejar o animal para outro local. Para mim, em todos esses anos sendo voluntária, a história que mais me marcou foi a do cachorrinho Flocos, deixado dentro de um saco de lixo preso para morrer. Ele venceu a cinomose como um milagre e foi adotado”, afirma.

Conheça a história de Flocos

 
 
 
 
 
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Com muito amor, Cora é cuidada pela voluntária Ana Beatriz. Foto: Arquivo pessoal.
Com muito amor, Cora é cuidada pela voluntária Ana Beatriz. Foto: Arquivo pessoal.

Petlar

A Prefeitura de Maringá incentiva as pessoas a oferecerem lares temporários, de forma voluntária, para os animais vítimas de maus-tratos, abandonados ou que estavam na rua e foram machucados com o ′PetLar Solidário′. O objetivo é encontrar um lar para que os pets possam se recuperar até ficarem aptos para serem adotados.

Os interessados em oferecer um lar temporário podem realizar inscrição no site da Prefeitura, responder algumas perguntas e anexar os documentos solicitados. Após a inscrição, será selecionado o animal que mais combina com o perfil apresentado.

Os animais encaminhados para os voluntários são vacinados e vermifugados. Durante o período do lar temporário, equipes da Secretaria de Proteção e Bem-Estar Animal realizam o acompanhamento dos lares para verificar o atendimento e condições de saúde do animal.

Além das feirinhas presenciais, a Prefeitura de Maringá incentiva a adoção online pelo aplicativo ′Petis′. Com a ferramenta instalada, qualquer pessoa pode acessar as feiras de adoção e visualizar os animais disponíveis de forma rápida e fácil. Os interessados podem solicitar a adoção pela própria ferramenta e o tutor verificará a solicitação. Assim como na feira presencial, o novo tutor precisa assinar um termo de compromisso para adoção responsável. Saiba como participar.

“É muito importante essa ação, pois além dar o amor e o carinhos que animaizinhos muitas vezes não conhecem, pois sofreram nas ruas damos a eles dignidade e esperança de em breve ganharem um novo lar”, afirma a voluntária da ong Ana Beatriz Zequim Maldonado.

Ong Amaar

A Ong Amaar, Associação Maringaense de Animais Resgatados, há nove anos tem feito deste gesto o principal lema. Para quem deseja conhecer um pouco mais deste trabalho, todos os domingos, em frente à ATI do Parque do Ingá, é realizada uma feirinha de adoção das 9h às 14h. Para mandar uma mensagem, basta entrar em contato pelo Instagram @ongamaar.

Por Rafael Bereta

Fonte: GMC Online

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