No AC, animais silvestres criados em casa ou em cativeiro são entregues voluntariamente no Cetas

No AC, animais silvestres criados em casa ou em cativeiro são entregues voluntariamente no Cetas
Arara foi entregue ao Cetas em Rio Branco. — Foto: Reprodução

Araras, macacos, gaviões e até corujas estão entre os animais silvestres que eram criados em casa ou em cativeiro e foram levados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Rio Branco. Entre julho e agosto deste ano, o Centro recebeu mais de 70 animais. Desse total, 23 foram entregues voluntariamente.

Entre os grupos que mais chegam estão macacos e papagaios. A analista ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), Elaine Oliveira, explicou que a entrega de animais pode ser feita de forma voluntária ou espontânea.

Macacos estão entre os animais mais devolvidos. — Foto: Reprodução

“Existe aquele animal silvestre que é criado desde pequeno em residência e existe uma situação de que uma pessoa recolhe um passarinho do chão. São duas situações diferentes, mas que são entregas voluntárias”, explicou.

Ainda segundo a analista, a pessoa fica isenta de autuação e multa quando faz a entrega voluntária do animal. Elaine ressaltou que as pessoas podem adquirir um animal silvestre em um estabelecimento de empreendimento legalizado.
 
Vídeo: Animais silvestres são entregues voluntariamente em centro de triagem.

“Você não é autuado e multado se fizer uma entrega voluntária. É ilegal retirar o animal da natureza, do habitat natural. Temos que lembrar que essas espécies têm uma função ecológica variada de dispersores e predadores de sementes e polinizadores. Então, tem uma importância e se retirar esse animal da natureza está impedindo que esse ciclo aconteça”, destacou.

A população pode fazer denúncias para o Ibama caso flagre algum crime envolvendo animais silvestres.

“Pode fazer uma ligação para o Ibama. Estamos em um período de pandemia, mas temos uma equipe trabalhando de home office que pode fazer o atendimento pelo telefone 3211-1700, que é telefone geral do Ibama e ou no 3211-1719, que é o setor que dá suporte para a gente na superintendente”, frisou.

Quando chegam no Cetas, Elaine diz que muitos dos animais estão desidratados ou desnutridos. Eles passam por avaliação médica e exames para saber se tem algum tipo de doença ou problema.

“As pessoas pegam o animal silvestre para criar e não sabem alimentar, animais têm alimentação diferente. O macaco tem uma alimentação diferente do papagaio. Tem animal que chega mutilado, o cão da casa pega e acaba mordendo o animal, chegam muitos filhotes”, lamentou.

Por Aline Nascimento, colaborou a repórter Ana Paula Xavier, da Rede Amazônica Acre.

Fonte: G1

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