ONG na Argentina denuncia maus-tratos extremos de animais e pede que a tração por animais seja proibida na cidade

ONG na Argentina denuncia maus-tratos extremos de animais e pede que a tração por animais seja proibida na cidade
O animal estava embaixo desta montanha, os jovens o encontraram pela cabeça.

Na tarde do último dia 29, os membros da organização não governamental Vida Nueva Villa María denunciaram publicamente os maus-tratos extremos de animais em suas redes sociais e escreveram: “Figurinha repetida para Villa María”.

A história começa com um aviso anônimo sobre um cavalo ferido no areal. Ele não conseguia se levantar e ao redor dele havia uma poça de sangue.

O integrante Tomás Bernardi relatou que conseguiram fazer todas as etapas para resgatar o animal, mas quando chegaram ao local caminharam cerca de uma hora sem encontrá-lo.

“Nós o encontramos sob uma montanha de entulho e chapas de metal. Não sabemos se se deram ao trabalho de matá-lo diretamente ou enterrá-lo vivo “, disse ele.

O ativista afirmou que a pessoa o contatou por volta das 13h00 e avisou que o animal estava em péssimo estado de saúde, “mas vivo”.

Os integrantes da organização, confirmou Bernardi, chegaram por volta das 15 horas e não o encontraram.

Diante da indignação, a ONG fez uma publicação com imagens de partir o coração e se perguntou por quanto tempo a tração por animais continuaria na cidade, e pediu que fosse proibida.

Tração por animais

“É uma situação bastante comum entre os cavalos de carroça e os usados para retirar areia”, revelou Bernardi.

E frisou que em várias ocasiões isso se deve ao manejo inadequado dos animais, baseado no conhecimento precário do mesmo.

“Por não ter a infraestrutura adequada, quem paga são os animais e são eles que passam por essas coisas”, frisou.

Nas histórias de suas redes sociais, seus companheiros descreveram que, ao perceberem que ele estava enterrado, começaram a cavar com a intenção de encontrá-lo com vida, mas era tarde demais.

Bernardi comentou que enquanto procuravam o animal havia “tantos por perto” que eram usados para retirar areia.

Ele anunciou que recebe “cartões postais todos os dias” em suas redes sociais de cavalos feridos, maltratados e em condições precárias no areal.

Denúncia

O entrevistado informou que a ONG procurou o Departamento de San Martín para fazer a denúncia, mas, diante do afluxo de pessoas, teve que se virar.

No entanto, frisou que voltará a explicar tudo o que aconteceu lá quando chegou e apresentará as provas que possui.

Além disso, Bernardi enfatizou: “Nossa reclamação constante é que o uso de animais para esse tipo de trabalho seja proibido na cidade”.

A este respeito, afirmou: “Parece-nos que é uma atividade que grande parte da sociedade rejeita e que cabe ao poder público ou à Justiça começar a tomar medidas, iniciando por responder a isso que as pessoas pedem”.

Afirmou ainda que “há anos que denunciam esta reclamação” e que, embora a tenham levantado no Município, este não deu resposta. Ele afirmou que nem mesmo para uma reunião.

Sobre apresentarem a questão no Conselho Deliberativo, Bernardi destacou que sim e que gerou “muito debate”, mas que “uma política dura nunca se materializou”.

Por fim, acrescentou que tudo “seria impossível se materializar” sem o “grande apoio social” que possui. Ele convidou mais pessoas para se juntarem à ONG. Seu usuário do Instagram é @vidanueva.vm e que podem entrar em contato pelo seu telefone: 3534206118.

Município

O Secretário de Governo e Assuntos Jurídicos, Eduardo Rodríguez, afirmou sobre o fato: “Como Município, colaboramos com a Segurança Cidadã e com o pessoal do Centro Municipal de Adoção (CAM)”.

Nesse sentido, informou que o corpo do animal foi transferido para as dependências do último órgão nomeado, onde os médicos veterinários realizaram um exame externo.

Para fazer uma autópsia e revelar o que causou a morte do cavalo, ele mencionou que é necessário um veterinário forense e que dentro do Município não há.

Por fim, frisou que têm colaborado com a Justiça, “que já tomou providências a respeito”.

Tradução de Alice Wehrle Gomide

Fonte: Puntal Villa Maria

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