Professor universitário investigado por matar cães a pauladas em Piraquara (PR) é alvo de operação policial
A Polícia Civil (PC-PR) cumpriu, na manhã desta sexta-feira (24), um mandado de busca e apreensão contra um professor universitário de 57 anos investigado por matar cães a pauladas em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Entre os casos investigados, está a morte de um cachorro da raça pinscher.
O nome do professor não foi divulgado pela polícia. Ele também foi alvo de um mandado de medida cautelar, que o proíbe de se aproximar de outros animais domésticos.
Segundo investigações, no caso do pinscher, o homem matou o cão, de pequeno porte, na frente de uma criança, com a justificativa de estar defendendo o próprio cachorro, da raça Akita, de grande porte.
O crime aconteceu no condomínio em que o suspeito mora em 27 de outubro, de acordo com a Polícia Civil. Relembre a seguir.
A polícia apurou, também, que o crime não foi isolado, e que o investigado matou outros cães em situações semelhantes. Conforme Guilherme Dias, delegado responsável pelo caso, outros três cachorros foram vítimas do professor.
A investigação deu conta, ainda, que o investigado anda com paus e tonfas, uma espécie de cassetete, utilizados para matar animais que se aproximem.
“Durante a investigação, nós descobrimos que na verdade não era um, mas três casos idênticos a este. [Durante a operação] encontramos uma tonfa e um pau que ele utilizava pra agredir e matar esses animais”, afirma o delegado.
Ainda segundo Dias, testemunhas relataram que o professor ameaçava os vizinhos e chegou a agredir outros cães com os itens apreendidos nesta sexta-feira.
O g1 entrou em contato com o homem, mas até a publicação desta reportagem não teve resposta.
A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), instituição na qual o homem dá aulas, afirmou que “por se tratar de um ato praticado fora da Universidade, a apuração deve ficar a cargo das autoridades externas competentes”.
Segundo a universidade, não há nenhum procedimento interno que investigue as acusações contra o professor, porque, de acordo com a instituição, “apesar do suposto ato cometido pelo servidor ser reprovável, este não poderia ser responsabilizado na esfera administrativa, já que a conduta não possui relação direta ou indireta com a administração pública ou com o cargo ocupado”.
A UTFPR informou ainda que ele segue como professor ativo na instituição, porque a previsão legal para perda de cargo se dá apenas em caso de condenação.
Crimes
Segundo a Polícia Civil, o suspeito deve responder pelo crime de maus-tratos a animais, com penas que variam de dois a cinco anos de reclusão.
Na operação desta sexta, a corporação apreendeu bastões e aparelhos celulares com o homem.
Suspeito agrediu cachorro na frente de criança, diz polícia
Conforme a polícia, a agressão de um dos cães na frente de uma criança em Piraquara aconteceu dentro de um condomínio de chácaras.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, a tutora estava com a filha de 12 anos, enquanto passeava junto com a cachorrinha Cereja, de porte pequeno, e outro cão, de porte médio.
Em seguida, conforme o relato, o grupo encontrou com o homem, que estava correndo com o próprio cachorro, de porte grande, enquanto segurava um porrete de madeira.
Segundo a mulher, a cachorra Cereja latiu para o outro cão, momento em que o homem desferiu um golpe de madeira na cabeça da cachorra.
“A nossa cachorra Cereja apenas latiu para o cão dele, sendo que não tinha tamanho proporcional para fazer absolutamente nada a ele e muito menos ao seu cão”, afirmou a tutora.
De acordo com a tutora, após a agressão, o homem continuou a corrida, enquanto ela e a filha socorriam Cereja.
“Minha filha estava desesperada, gritando e chorando pela violência da atitude dele, que continuou sua corrida se omitindo a prestar socorro e ainda falou para cuidarmos dos nossos cachorros”, relembra.
O animal foi levado para uma clínica veterinária, onde chegou com suspeita de traumatismo craniano e convulsões. Segundo o laudo veterinário, as lesões eram graves e o animal não resistiu.
Fonte: g1