Protetores tentam salvar anta que agonizava, mas resgate não chega a tempo, em Bonito, MS

Protetores tentam salvar anta que agonizava, mas resgate não chega a tempo, em Bonito, MS
Animal resgatado acabou não resistindo aos ferimentos do atropelamento (Foto: Direto das Ruas)

Uma anta foi resgatada na manhã deste sábado (19), após ser atropelada em uma estrada próximo a ponte sobre o Rio Mimoso em Bonito, a quase 300 quilômetros de Campo Grande. O animal foi encontrado agonizando às margens da rodovia, por protetores voluntários que passavam pelo local.

Ao encontrar o animal, os voluntários acionaram a PMA (Polícia Militar Ambiental) e mesmo antes de chegar a ajuda profissional, os protetores se mobilizaram para oferecer os primeiros socorros e buscar atendimento especializado para o animal silvestre.

A anta estava bastante ferida, com as patas traseiras quebradas. Durante o atendimento da ocorrência, a PMA inciou a tentativa de remoção para o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande, mas o animal acabou não resistindo e morreu na traseira da viatura.

 

Yolanda Prantl Mangieri, administradora do grupo de protetores Unidos Serra da Bodoquena, que auxiliou no resgate do animal, reclama sobre os recorrentes atropelamentos nas rodovias e questiona a falta de estrutura para o resgate de animais silvestre na cidade. “A situação foi desesperadora, Bonito é a capital do ecoturismo, é lamentável não possuir sequer uma UTI móvel para o resgate dos animais que são atropelados. O animal poderia estar viva agora se tivesse sido atendida a tempo”, lamentou.

“Precisamos urgentemente de um centro de reabilitação de animais silvestres, com uma equipe especializada para fazer os resgates. Sem a infraestrutura adequada e equipe especializada, muitos animais vão a óbito, como esse caso da anta. Por mais que os primeiros socorros sejam realizados, essa falta de estrutura não permite realizar os procedimentos necessários. O Cras mais próximo é em Campo Grande e os animais não conseguem resistir a esse trajeto longo de 300 km”, reforçou a bióloga Ana Cláudia de Almeida, moradora de bonito e membro do grupo de protetores.

Fonte: Campo Grande News

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