Remédios para evitar que cadelas e gatas entrem no cio são barrados em MT

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O estado de Mato Grosso promulgou uma legislação pioneira que proíbe a comercialização e o uso não supervisionado de anticoncepcionais hormonais para cães e gatos, a partir da última sexta-feira (15). O objetivo principal da nova lei é combater o uso indiscriminado desses medicamentos, visando evitar potenciais danos à saúde e ao bem-estar dos animais.

Conforme esclarecido pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do estado (CRMV-MT), a medida visa prevenir problemas sérios que podem ser causados pelo uso inadequado dessas substâncias. O Dr. Aruaque Lotufo de Oliveira, médico veterinário e presidente do CRMV, salientou que a legislação estabelece restrições à venda desses produtos sem prescrição, reforçando a importância de que seu uso seja supervisionado por profissionais qualificados da área.

Lotufo de Oliveira ressaltou que a opção mais segura e eficaz para controlar a reprodução de animais de estimação é a realização da cirurgia de castração, tanto para cães quanto para gatos. Ele alertou sobre os perigos do uso inadequado desses medicamentos, que podem acarretar riscos não apenas para os animais, mas também para as pessoas que os manipulam.

O veterinário explicou que os anticoncepcionais hormonais são considerados de alto risco e requerem manipulação cuidadosa, uma vez que podem ser absorvidos pela pele humana, causando problemas de saúde. Para os animais, os efeitos adversos incluem infecções, tumores uterinos e mamários, e até mesmo a morte. Além disso, nos casos em que os pets já estão prenhes, o uso desses medicamentos pode resultar em abortos.

Diante desse cenário, a nova legislação surge como uma importante medida de proteção animal, reforçando a necessidade de práticas responsáveis de controle populacional e de cuidado com a saúde dos animais de estimação. O CRMV-MT destaca a importância da conscientização da população sobre os riscos associados ao uso indiscriminado de anticoncepcionais hormonais e incentiva a busca por alternativas seguras, como a castração, para promover o bem-estar animal.

Por Ana Barros

Fonte: Folha do Estado

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