Tutor não aceita dinheiro e homem será julgado por matar um cão com dois tiros na Argentina

Tutor não aceita dinheiro e homem será julgado por matar um cão com dois tiros na Argentina
Fabián Ayenao, acusado de matar o cão do vizinho. (Foto: El Patagónico)

O homem que matou com dois tiros o cão de seu vizinho irá a julgamento público conforme determinado pela Justiça após a conclusão de uma audiência. O fato ocorreu há quase dois anos em Comodoro Rivadavia, no dia 31 de dezembro de 2015.

O ato foi presidido pela Mariel Suárez, juíza penal; pelo Ministério Público Fiscal estava presente Fabiola López, promotora; e a defesa do acusado foi exercida por Ricardo Amado, advogado da Defesa Pública.

Durante a audiência o advogado do imputado Fabián Ayenao propôs uma compensação econômica e conciliação, pois o réu não tem antecedentes penais e o ato foi sem violência e intimidação sobre as pessoas. Oferecendo em nome do réu uma determinada quantia de dinheiro como reparação, qualificando como integral e suficiente; em contrapartida o representante da acusação, como também o tutor do cão se opuseram a oferta presente na audiência. Finalmente a juíza penal rejeitou a compensação econômica e resolveu elevar o caso para julgamento oral e público, conforme uma informação oficial da assessoria de imprensa do Ministério Público Fiscal.

Por sua vez, a promotora alegou que o valor econômico é muito difícil de quantificar, é um valor sentimental para os afetados e o valor oferecido não seria abrangente nem suficiente. O dano moral pode-se pleitear na esfera civil, disse. Neste caso não se adequa a reparação uma vez que a vítima, presente na sala, não aceitou o dinheiro.

No episódio houve violência, pois o acusado foi até a casa da vitima, atirou e matou o cão. Além disso, Ayenao já possui um processo do ano 2013 por ameaças com uma arma de fogo.

Finalmente a juíza resolveu rejeitar a compensação econômica pela utilização de armas de fogo e porque no incidente anterior Ayenao também utilizou uma arma de fogo. A promotora referiu-se ao ocorrido como qualificação legal de maus-tratos animal, e depois do recolhimento de provas pediu para que seja levado a julgamento. O defensor não formulou nenhuma objeção e a juíza concluiu que o processo será levado ao debate oral e público que ainda não tem data prevista para ocorrer.

Por Carlos Guajardo / Tradução de Flavia Luchetti

Fonte: Clarín

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