Guerra na Ucrânia: 4 mil animais do Zoológico de Kiev podem morrer de fome

Guerra na Ucrânia: 4 mil animais do Zoológico de Kiev podem morrer de fome
Macaco-prego e o gorila Bayraktar, do Zoológico de Kiev, ameaçados pela guerra/ Foto: Reprodução

Cerca de 4 mil animais, incluindo elefantes, camelos e o único gorila da Ucrânia, permanecem presos no Zoológico de Kiev, que tem comida suficiente para alimentá-los apenas por mais 10 dias, de acordo com o jornal UK Independent.

Natalia Popova, que administra um santuário de animais em Kiev, disse temer que todos os animais cativos da cidade “morram pelas bombas ou de fome”, segundo o veículo.

No Zoológico de Kiev, os tratadores deram sedativos a elefantes e outros animais para acalmá-los durante as explosões e tiros.

“Os animais ficam aterrorizados com os sons altos das explosões, mas nossos veterinários estão constantemente monitorando sua condição”, escreveu o zoológico no Facebook.

Desde o início da guerra, 80 animais do santuário administrado por Popova já foram transferidos para o zoológico de Poznan, no oeste da Polônia. Entre os animais estavam seis leões e seis tigres.

Durante a evacuação caótica, a caravana com os animais foi atacada por tropas russas, e os motoristas foram forçados a fazer uma longa rota em torno de áreas destruídas no noroeste da Ucrânia, informou o jornal.

“Eles tiveram que voltar muitas vezes porque todas as estradas estavam explodidas, cheias de buracos, impossíveis de passar com tanta carga, e é por isso que demorou tanto”, disse a porta-voz do Zoológico de Poznan, Malgorzata Chodyla. “Mas aqui estão eles, e nós simplesmente não podemos acreditar.”

Enquanto isso, o prefeito de Kiev, Vitalii Klitschko, anunciou o nascimento de um lêmure no zoológico na última sexta-feira (04/03), de acordo com o Kyiv Independent. O adorável primata foi batizado de “Bayraktar”, depois que os drones militares, que levam esse nome, foram aclamados como a arma secreta da Ucrânia na defesa de seu espaço aéreo contra a invasão russa.

Fonte: Istoé Dinheiro via Observatório do Terceiro Setor

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