ONG Amigos 4 patas pode fechar as portas em Serra Talhada, PE
Nessa sexta-feira (10), a reportagem do Farol conversou com Danyela Epaminondas, coordenadora da ONG 4 Patas. A ativista que luta pelas causas animais teme ter que fechar o abrigo da entidade se não encontrarem uma solução para os animais de rua. Danyela ainda afirmou que na próxima semana terá uma reunião com a prefeita Márcia Conrado e também espera unir outros órgãos, como a Polícia Militar e Polícia Civil, que estão sendo parceiros nos resgates, e também o Ministério Público.
“Estamos lutando para mudar a situação da cidade, pois nosso maior problema hoje são os animais que estão nas ruas, precisamos sentar e buscar uma solução para uma melhoria de vida para esses animais, como um abrigo municipal, eu sei que não tem como montar isso da noite para o dia, mas já é algo que precisa ser pensado. As castrações precisam retornar, porque apesar dizerem que as castrações retornaram, mas permanecemos sem agenda de castração. O atendimento de urgência e emergência realmente não parou, mas precisamos do retorno das castrações porque a cidade está cheia de gatos e cachorros”, explicou.
Segundo a ativista, se a Prefeitura de Serra Talhada não se envolver diretamente, para resolver o problema, haverá sérias consequências. “A Polícia Militar e a DP trabalham junto da gente, nos casos de maus-tratos, recuperação e resgates de animais. mas precisamos encontrar uma solução junto com todos os órgãos para que a gente possa debater e chegar a uma solução de melhoria de vida para os animais. Se a gente não encontrar uma solução até o final deste mês vamos fechar as portas. Consegui falar com a prefeita Márcia, que me assegurou que na próxima semana vamos ter uma reunião para ajustar nossa situação”, explicou Danyela, arrematando:
“Como estamos não dá para ficar, estamos enxugando gelo. Desde o início da pandemia todas as nossas doações tiveram uma redução. Isso não afetou só a gente, a situação hoje do Brasil é essa, é geral, com animais, com pessoas, uma situação que abalou todo mundo. A partir do momento que reduz o custo de vida da população, é claro que automaticamente reduz nossas doações”.
Por Jéssica Guabiara
Fonte: Farol de Notícias