Pombos estão morrendo de fome em Copacabana e no centro do Rio de Janeiro

Pombos estão morrendo de fome em Copacabana e no centro do Rio de Janeiro
Pombos tem aparecidos mortos ou doentes, pelas calçadas de Copacabana e do Centro da Cidade.

Todos estamos acostumados a ver esses bichinhos por toda a parte, quando vamos trabalhar, ou à padaria, nas praças e nas calçadas, nas ruas e até nas faixas de pedestres. Alguns são muito bem cuidados por aposentados que os alimentam desde os bancos das praças; outros colocam eles pra correr (voar!) e dizem que são os “ratos do ar”. O fato é que os pombos são aves que fazem parte do dia a dia comum de uma cidade grande, e não seria diferente na cidade maravilhosa.

Só que a quarentena causada pela pandemia do coronavírus acabou trancando grande parte da população carioca em casa. Fechou comércios, e, principalmente, colocou a população idosa trancada dentro de casa. Habituados a se alimentar dos restos das guloseimas que as pessoas comem nas praias e nas ruas, os pássaros estão passando dificuldade nestes tempos de COVID-19.

Bruna Castro, diretora administrativa aqui do DIÁRIO DO RIO, está impressionada com o número de pombos mortos que tem encontrado nas ruas, nas suas idas à farmácias e supermercados. “Nunca vi tantos pombos mortos nas ruas. E na minha janela, em Copacabana, a quantidade desses bichos é sem precedentes. É como se pedissem comida pra gente”.

No Centro do Rio, a cena não é diferente. Numa caminhada pela Praça XV de 15 minutos, a reportagem encontrou 2 aves mortas. “Isso sem contar os que encontramos atropelados na rua”, disse José de Arimatéia, um morador de rua que vive nas proximidades da Rua do Mercado.

“Os bichos realmente não conseguem encontrar os restos de comida com os quais estão habituados, e acabam procurando amêndoas e outras coisas que caem das árvores. Com isso, acabam sendo atropelados ou atingidos por carros que passam”, explica Eliane Jessula, veterinária com clínica ativa em Copacabana há mais de 20 anos. “Eles acabam adoecendo ou se expondo a riscos. É triste”, completou. Segundo a veterinária, quem tiver pena dos bichinhos pode dar arroz, pão, granola ou farelo de aveia aos bichinhos.

Fonte: Diário do Rio

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