Lagoa Pequena, em Florianópolis (SC), tem mortandade de animais aquáticos
Após denúncias de moradores da região da Lagoa Pequena, no Campeche, de que havia peixes mortos no local, o mandato do deputado Marquito (Psol), presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, realizou uma visita de fiscalização e confirmou os relatos. Pontos com níveis baixíssimos de oxigênio, impossibilitando a respiração dos animais, foram constatados, com medição feita pelo professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Paulo Horta, especialista em botânica e poluição marinha. Durante a visita, um peixe e uma rã foram encontrados mortos.
Acredita-se que a mortandade esteja sendo causada pelo processo de eutrofização nas margens da Lagoa Pequena, área tombada como patrimônio natural e paisagístico. A eutrofização ocorre quando há excesso de matéria orgânica, geralmente decorrente de despejos de esgoto. Nesse cenário, acontece a proliferação acelerada de algas e bactérias que reduzem os níveis de oxigênio dissolvido na água. A eutrofização faz com que os corpos d´água adquiram coloração turva e ocasiona a morte de diversas espécies animais e vegetais.
A Lagoa Pequena, mais importante afloramento do lençol freático da Planície do Campeche, também é usada para lazer. Mas, atualmente, não há monitoramento ambiental que determine a sua condição de balneabilidade. Seu entorno vem sofrendo com a expansão urbana desordenada, somada à falta de coleta e tratamento de esgotamento sanitário. Isso representa um risco de contaminação tanto do corpo hídrico quanto do aquífero, que é superficial.
O deputado Marquito encaminhou um ofício ao Instituto do Meio Ambiente (IMA) e à Fundação do Meio Ambiente (Floram) pedindo que realizem coletas e análises da água da Lagoa Pequena, implantando um sistema de monitoramento da balneabilidade e disponibilizando os dados para a população. Durante o mandato de vereador na Câmara de Florianópolis, ele já havia feito esse pedido.
Fonte: Assembleia Legislativa