O número de mortos em Iditarod aumenta; cão desmaia e morre durante a corrida
No domingo dia 10 de março, um cachorro de 2 anos chamado Bog, que foi forçado a correr em Iditarod, no Alaska, pelo condutor Isaac Teaford, desmaiou perto do posto de controle de Nulato e morreu. Três dos outros cães de Teaford já haviam sido retirados da corrida devido à exaustão, doença ou lesão. O vídeo, disponível aqui, mostra Bog deitado imóvel no chão gelado e Teaford tentando fazê-lo ficar de pé antes de levantar seu corpo inerte. A PETA está pedindo que Teaford seja retirado da corrida.
Teaford está supostamente correndo com cães pertencentes ao notório musher Dallas Seavey, cuja longa lista de controvérsias inclui levar oito horas a caminho do próximo posto de controle em vez de voltar para obter atendimento imediato depois que um cachorro chamado Faloo foi gravemente ferido por um alce na semana passada e um incidente em novembro em que dois de seus cães foram mortos por uma máquina de neve durante o treinamento. Os cães que Seavey forçou a correr tiveram resultado positivo para opioides e seu canil foi acusado de matar cães que não foram aprovados.
“A contagem de mortes continua aumentando para cães que são forçados a correr até que seus corpos desmoronem, tudo para que o vencedor humano possa receber um troféu enquanto os cães recebem uma cova de gelo”, disse a vice-presidente sênior da PETA, Colleen O’Brien. “A PETA está pedindo que esta corrida desprezível acabe antes que mais cães como Bog paguem com suas vidas.”
Até metade dos cães que iniciam o Iditarod não o terminam. Durante a corrida do ano passado – que teve o menor campo de condutores da história do evento – aproximadamente 175 cães foram retirados da trilha devido a exaustão, doença, lesão ou outras causas, forçando os cães restantes a correr sob uma tensão ainda maior. A corrida terminou em polêmica depois que o vencedor foi flagrado em vídeo arrastando cães exaustos para um posto de controle.
A principal causa de morte de cães em Iditarod é a pneumonia por aspiração – causada pela inalação do próprio vômito – e o número oficial de mortos da corrida não inclui inúmeros outros que foram mortos simplesmente porque não foram rápidos o suficiente ou que morreram durante a época onde não há corridas enquanto acorrentados ao lado de caixas dilapidadas ou barris de plástico no frio intenso, uma prática exposta em uma investigação secreta da PETA.
Por Sara Groves / Tradução de Alice Wehrle Gomide
Fonte: Peta