Parlamentares recebem ameaças de morte pelo fim das touradas em Póvoa de Varzim, Portugal

Parlamentares recebem ameaças de morte pelo fim das touradas em Póvoa de Varzim, Portugal
PróToiro repudia associação da tauromaquia a ameaças de morte a autarcas Foto: Ivo Pereira/Global Imagens

A PróToiro – Federação Portuguesa de Tauromaquia lamentou, esta quarta-feira, que o setor tauromáquico esteja a ser associado às ameaças de morte que foram endereçadas a três autarcas da Póvoa de Varzim.

Em comunicado enviado ao JN, a associação repudia “veementemente” o conteúdo das cartas, que continham balas, endereçadas aos edis daquele município bem como “qualquer comportamento que atente contra a vida humana” contrário ao que dizem ser os “valores humanistas e democráticos da tauromaquia”.

No entanto, lamenta “a tentativa de ligação da tauromaquia” aos atos praticados contra o presidente e o vice-presidente da Câmara da Póvoa de Varzim bem como ao presidente da Assembleia Municipal na terça-feira. “Qualquer ato criminal diz respeito somente a quem se apure que o tenha praticado”, reagiu a associação, demarcando-se, por completo, da ocorrência.

Num comunicado emitido na terça-feira, os três autarcas da Póvoa de Varzim questionavam o timing das ameaças e sugeriam que as mesmas estavam relacionadas com o início do processo de demolição da Praça de Touros da Póvoa de Varzim, ocorrido um dia antes. Os autarcas classificaram mesmo o ato como uma “tentativa desesperada de uma minoria de impedir a concretização de uma deliberação legitimada pelo voto”.

Sobre a praça de touros, que começou a ser demolida depois de um interregno de dois anos devido a uma providência cautelar interposta a que o tribunal não deu provimento, a PróToiro tem outro entendimento.

“No que toca à demolição da Praça e o projeto de construção do Póvoa Arena, a atuação da autarquia e do seu presidente tem sido acintosa e pejada de falsidades e as inúmeras ilegalidades apontadas à Câmara Municipal, presidente e os seus órgãos, continuam em tribunal”, referem na missiva enviada, recordando que “este é um processo longe da sua conclusão e seguirá o seu caminho judicial até ao apuramento de todas as responsabilidades em tribunal”.

Por César Castro

Fonte: JN / mantida grafia lusitana original

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